
A General Motors (GM) anunciou uma importante mudança de estratégia, confirmando que vai abandonar o desenvolvimento de novas gerações de células de combustível de hidrogénio para veículos de consumo. A gigante automóvel irá agora concentrar os seus recursos de investigação e desenvolvimento (I&D) em baterias, tecnologias de carregamento e veículos elétricos (VEs), um mercado com uma tração muito mais clara junto dos consumidores.
Custos e falta de postos ditam o fim da aposta
Num comunicado partilhado na sexta-feira, a GM explicou que os custos elevados e uma infraestrutura de hidrogénio extremamente limitada impediram a adoção por parte dos consumidores. Os números do Departamento de Energia dos EUA são claros: existem apenas 61 estações de reabastecimento de hidrogénio em todo o país, um valor irrisório quando comparado com os mais de 250.000 postos de carregamento de nível 2 ou superior para veículos elétricos.
Uma tendência que se alastra na indústria
A decisão da GM não é um caso isolado e reflete um sentimento crescente na indústria automóvel. Em fevereiro, a Toyota já tinha feito uma manobra semelhante, reorientando os seus projetos de hidrogénio de veículos de passageiros para se focar em aplicações industriais.
O hidrogénio não morre, transforma-se
Apesar de abandonar os carros de consumo, a GM não vira completamente as costas à tecnologia. A empresa vai manter a sua joint venture com a Honda, a Fuel Cell System Manufacturing, que produz células de combustível para aplicações como centros de dados e geração de energia. Segundo a GM, o hidrogénio continua a ser uma promessa para setores de alta exigência, como a mineração e os transportes pesados, embora o caminho para um negócio sustentável seja "longo e incerto".
Com esta viragem, a General Motors aposta nas tecnologias que demonstram um caminho mais claro para a escalabilidade e valor para o cliente, deixando para trás a aposta no hidrogénio para consumo, que, apesar das promessas, ainda não conseguiu cumprir o seu potencial.











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