
A Microsoft emitiu um novo alerta sobre a estratégia de ciberataques russos, destacando uma mudança de tática preocupante. Embora a Ucrânia continue a ser o principal alvo, um relatório da gigante tecnológica revela que as ofensivas estão cada vez mais a visar pequenas e médias empresas (PMEs) em países da NATO, utilizando-as como um trampolim para alcançar alvos de maior relevância política ou estratégica.
De acordo com o estudo, os nove países mais visados a seguir à Ucrânia são todos membros da Aliança Atlântica, demonstrando um claro alinhamento das atividades no ciberespaço com as tensões geopolíticas atuais.
A NATO na linha de fogo: EUA, Reino Unido e Alemanha são os mais visados
Os dados recolhidos pela Microsoft indicam que os ciberataques não estão distribuídos de forma uniforme. Cerca de 20% das ofensivas russas tiveram como destino os Estados Unidos, que lideram a lista de alvos. O Reino Unido surge em segundo lugar, com 12% dos ataques, seguido pela Alemanha, com 6%.
Outras nações europeias como a Polónia, França, Países Baixos, Itália, Bélgica e Estónia também constam na lista de alvos prioritários, ainda que com uma percentagem menor de incidentes registados. O relatório detalha ainda que aproximadamente um quarto dos ataques russos foram direcionados a instituições governamentais, enquanto 13% visaram organizações de investigação, fundações e "think tanks", setores considerados de elevado valor estratégico para Moscovo.
A nova tática: pequenas empresas como cavalo de Troia
A principal preocupação levantada pela Microsoft é a nova tendência de ataque a pequenas e médias empresas nos países aliados de Kiev. Os hackers estão a explorar estas empresas, muitas vezes com sistemas de segurança menos robustos, como pontos de acesso para se infiltrarem em redes de organizações de maior dimensão ou com maior importância política.
Os especialistas da tecnológica interpretam esta escalada como parte de uma campanha mais ampla de espionagem e desestabilização conduzida pela Rússia. O objetivo é explorar as fronteiras entre o conflito militar e as operações cibernéticas, demonstrando que o ciberespaço continua a ser um campo de batalha estratégico onde as tensões geopolíticas se manifestam de forma direta e constante.











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