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Google Quantico AI

 

A Google Quantum AI acaba de anunciar um marco que pode mudar o futuro da tecnologia, revelando ter executado com sucesso, pela primeira vez, um algoritmo verificável que ultrapassa as capacidades dos mais potentes supercomputadores clássicos. Este avanço representa um passo crucial para a aplicação prática da computação quântica.

 

Batizado de "Ecos Quânticos" (Quantum Echoes), o novo algoritmo foi executado no chip quântico Willow da Google, demonstrando o que os cientistas designam de "vantagem quântica verificável". Isto significa que o computador quântico não só resolveu um problema complexo de forma mais rápida, como também o fez de maneira fiável e repetível, algo que pode ser validado. A gigante tecnológica detalha esta conquista num artigo publicado na revista Nature.

 

O que são os Ecos Quânticos?

 

Este novo algoritmo destaca-se por três razões fundamentais. Primeiro, a sua vantagem de desempenho é esmagadora: corre no chip Willow 13.000 vezes mais rápido do que o melhor algoritmo clássico nos supercomputadores mais avançados do mundo. Para confirmar esta proeza, a equipa da Google dedicou um total de 10 anos-homem a testes rigorosos para comparar o desempenho.

 

Em segundo lugar, é verificável, o que significa que o resultado pode ser repetido e confirmado por outro computador quântico, garantindo a fiabilidade dos cálculos. Por fim, tem um potencial de aplicação no mundo real, nomeadamente na medição da estrutura molecular de uma molécula real, abrindo portas a avanços científicos significativos.

 

Uma ‘régua molecular’ para revolucionar a medicina e os materiais

 

A aplicação mais imediata do algoritmo Ecos Quânticos está na área da ressonância magnética nuclear (RMN), uma técnica comum em química. O algoritmo permite explicar as interações entre átomos numa molécula, funcionando como uma espécie de "régua molecular" de alta precisão, capaz de medir distâncias maiores entre átomos.

 

Uma RMN mais precisa e potente poderá ser revolucionária em diversas áreas. Na descoberta de medicamentos, por exemplo, poderá ajudar a determinar como um potencial fármaco se liga ao seu alvo a nível molecular. Na ciência de materiais, permitirá caracterizar com maior detalhe a estrutura de novos polímeros, catalisadores e componentes essenciais para o desenvolvimento de baterias mais eficientes.

 

 

Das bases do Nobel ao chip Willow da Google

 

Este avanço é o resultado de décadas de investigação. As bases para os qubits supercondutores utilizados atualmente foram lançadas há 40 anos por Michel Devoret, vencedor do Prémio Nobel em 2025, e pelos seus colegas. Desde 2013, a Google tem sido pioneira na escalabilidade desta tecnologia.

 

Como Cientista Chefe de Hardware Quântico da Google, Michel Devoret esteve envolvido na abordagem integral da empresa, que culminou no desenvolvimento do chip Willow. Após um avanço de hardware anunciado em dezembro de 2024, a empresa revela agora o primeiro grande avanço de software com o algoritmo Ecos Quânticos.

 

O que se segue? Aplicações reais em menos de cinco anos

 

Com o sucesso demonstrado pelo Ecos Quânticos no chip Willow, a Google está otimista de que, nos próximos cinco anos, veremos as primeiras aplicações no mundo real que só serão possíveis graças aos computadores quânticos.

 

À medida que a tecnologia continua a evoluir em direção a um computador quântico de grande escala e com correção de erros, a expectativa é que muitas outras aplicações úteis sejam descobertas, prometendo transformar a ciência e a indústria como as conhecemos.




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