
A Xiaomi veio a público admitir que a escalada de preços nos chips de memória está a ter um impacto direto e significativo no custo de produção dos seus telemóveis. A pressão é tal que já se reflete no preço da recém-lançada série Redmi K90, uma situação que gerou descontentamento entre os consumidores e obrigou a empresa a tomar medidas.
A "corrida à IA" está a encarecer os smartphones
Lu Weibing, presidente da Xiaomi, abordou o tema na rede social chinesa Weibo, explicando que "a pressão nos custos transferiu-se para o preço dos nossos novos produtos". O executivo foi mais longe, afirmando que "o aumento dos custos dos chips de memória está muito para além das expectativas e pode intensificar-se".
Reconhecendo a desilusão dos consumidores com a diferença de preços entre as várias configurações, Weibing anunciou uma medida imediata. O modelo mais procurado do Redmi K90, com 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento, terá um desconto de 300 yuan (cerca de 39 €) durante o primeiro mês de vendas. O preço passará assim para 2.899 yuan, aproximadamente 380 €.
A causa principal para esta subida de preços, segundo a Reuters, é a corrida global por chips destinados a aplicações de Inteligência Artificial. Esta procura massiva está a apertar a oferta de chips de memória convencionais (NAND e DRAM) utilizados em smartphones, computadores e servidores, fazendo disparar o seu custo. Do outro lado da barricada, fabricantes como a Samsung e a SK Hynix têm visto os seus lucros aumentar consideravelmente com esta nova realidade do mercado.











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