
O Canva acaba de oficializar a compra do Affinity, relançando o popular pacote criativo como uma aplicação tudo-em-um para edição de fotografia, ilustração vetorial, design gráfico e paginação. A grande novidade é que a plataforma, uma forte concorrente da Adobe, passa a ser totalmente gratuita, eliminando qualquer necessidade de subscrição.
Até agora, o Affinity era composto por três aplicações distintas – Designer, Photo e Publisher – e exigia uma compra única de cerca de 70 dólares (aproximadamente 65 euros). Esta abordagem já era vista como uma alternativa atrativa ao modelo de subscrição mensal da Adobe, mas a nova estratégia do Canva eleva a competição a um novo patamar. Ao oferecer uma alternativa gratuita e poderosa, o Canva posiciona-se para conquistar os utilizadores insatisfeitos com os preços elevados e os planos de assinatura da gigante do software criativo.
A nova proposta do Affinity
A nova suite, já disponível através do site oficial do Affinity para Windows e Mac, unifica as ferramentas num único ecossistema. A marca garante que uma versão para iPad estará também disponível em breve.
Um dos grandes trunfos da plataforma é a sua flexibilidade. Os utilizadores podem importar ficheiros de outros ecossistemas, como PSD (Photoshop), AI (Illustrator), IDML (InDesign), DWG, entre outros. Segundo o Canva, o Affinity utiliza agora um "tipo de ficheiro universal" e inclui integrações que permitem exportar rapidamente os projetos para uma conta Canva.
Para os subscritores do Canva Premium, a integração será ainda mais profunda. Será possível utilizar as ferramentas de inteligência artificial do Canva, como a geração de imagens, limpeza de fotografias e criação de texto, diretamente dentro da aplicação Affinity.
A empresa assegura, no entanto, que quem comprou as versões antigas e independentes do Affinity poderá continuar a usá-las sem ser forçado a migrar para a nova plataforma.
A resposta à "ditadura" das subscrições
A decisão do Canva surge como uma resposta direta a uma mudança de mercado iniciada pela Adobe no início da década de 2010. A Adobe, cujos programas como o Photoshop e Illustrator se tornaram o padrão da indústria, abandonou a venda de licenças perpétuas em CD. Em maio de 2013, a empresa transitou para o modelo de subscrição com o Adobe Creative Cloud.
Esta mudança, que transformou os seus programas de produtos para serviços, foi amplamente criticada pelos utilizadores, que se viram obrigados a pagar uma mensalidade contínua para aceder às ferramentas de trabalho. Atualmente, o plano mais básico do Creative Cloud em Portugal tem custos elevados, o que leva muitos estudantes e profissionais a procurar alternativas, nem sempre legais. Com o Affinity gratuito, o Canva oferece agora uma solução robusta e legítima que promete abalar o domínio da Adobe no setor criativo.











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