
Se tem notado que os telemóveis estão cada vez mais caros, não é apenas impressão sua. Um novo estudo da consultora IDC revela que o preço médio de um smartphone disparou 37,2% desde 2020, e os principais impulsionadores desta tendência são os consumidores mais jovens, entre os 18 e os 35 anos.
Esta faixa etária já representa 65,3% dos compradores de equipamentos de gama média-alta, um segmento que cresceu de uma quota de 21,5% em 2020 para 30,5% na primeira metade de 2025. Mas o que procuram estes jovens num novo telemóvel e o que os leva a investir mais?
Carteiras mais flexíveis e otimismo no futuro
Ao contrário das gerações mais velhas (36 a 60 anos), que ainda preferem maioritariamente o pagamento a pronto (57,5%), os mais novos estão a tirar partido das novas modalidades de pagamento. Embora a compra a pronto ainda lidere (46%), são as opções de pagamento a prestações sem juros (29%) e os planos de retoma (25%) que mais têm crescido junto deste público.
Este comportamento é justificado por um maior otimismo em relação ao seu futuro financeiro, o que os torna mais confortáveis para investir em equipamentos mais caros e tecnologicamente avançados.
A câmara, a IA e o ecossistema são os novos reis
Se antes o processador era o fator decisivo na compra de um novo smartphone, as prioridades dos jovens consumidores mudaram. Embora a tecnologia do chipset continue a ser importante (41%), são as capacidades fotográficas (39%), as funcionalidades de Inteligência Artificial (IA) (35%) e a conectividade com o ecossistema de dispositivos (32%) que mais ganharam peso na decisão de compra.
Esta mudança está diretamente ligada a um estilo de vida mais exigente e digital. Cerca de 71% destes utilizadores afirmam que usam vídeos curtos e fotos para se expressarem nas redes sociais, com 32,5% a utilizar as funcionalidades de câmara do telemóvel quase todos os dias. Plataformas como o TikTok e o Instagram transformaram a autoexpressão, que passou do tradicional "texto" para uma comunicação mais visual e imersiva à base de "imagem + som".
A IA também já faz parte do quotidiano, com 29% dos jovens a recorrer a estas funcionalidades quase diariamente. Os mais novos (18-25 anos) valorizam assistentes de IA para tarefas como tradução em tempo real (57%), enquanto a faixa dos 26 aos 35 anos dá prioridade a ferramentas de IA que aumentem a eficiência no trabalho (50%). No entanto, um ponto une todos: a preocupação com a segurança e a privacidade dos dados pessoais é um fator crucial para 45% de todos os inquiridos.
Estes dados fazem parte de um estudo detalhado da IDC, em colaboração com a OPPO, que analisa as novas tendências do mercado de smartphones.











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