
A Microsoft anunciou na semana passada uma atualização técnica que promete ter um impacto significativo na experiência de utilização do Teams. A empresa está a preparar uma melhoria de desempenho focada no cliente de desktop para Windows, que passará pela introdução de um novo processo "filho" dedicado exclusivamente a certas tarefas pesadas.
Esta alteração é descrita como importante porque visa otimizar um dos aspetos que mais consome recursos na aplicação: a gestão de chamadas. Ao retirar esta carga do processo principal, a gigante tecnológica espera não só tempos de arranque mais rápidos, como também uma utilização mais eficiente dos recursos do sistema.
Separar para conquistar: A chegada do ms-teams_modulehost.exe
Para quem gosta de saber o que se passa "debaixo do capô", a Microsoft explicou que a mudança envolve a execução de um processo separado do Windows, denominado ms-teams_modulehost.exe. Este irá correr lado a lado com o executável principal do Teams (ms-teams.exe), ficando responsável por gerir a "stack" de chamadas.
Segundo as previsões da empresa, esta arquitetura modular será implementada no início de janeiro de 2026. O objetivo é claro: ao isolar as funcionalidades de chamada num processo independente, o núcleo da aplicação torna-se mais leve e ágil, o que deverá resultar numa experiência de reunião mais fluida para os utilizadores finais. Esta abordagem parece ser uma alternativa mais robusta do que simplesmente pré-carregar aplicações, como acontece atualmente com o "Office Startup Boost".
O que muda para os administradores de sistemas?
Embora a Microsoft garanta que não haverá alterações na interface do utilizador ou nos fluxos de trabalho habituais, os departamentos de TI terão de fazer alguns trabalhos de casa. O novo processo será visível no Gestor de Tarefas como uma entrada secundária sob o Teams.
Para garantir que tudo funciona sem interrupções, conforme detalhado no centro de administração da Microsoft (ID MC1189656), é crucial que os softwares de segurança e gestão de endpoints sejam atualizados. O executável ms-teams_modulehost.exe deve ser adicionado às listas de permissões (allowlist) juntamente com o executável principal. A falha nesta configuração poderá resultar em falsos positivos por parte dos antivírus ou bloqueios de funcionalidade indesejados.
Além disso, a empresa recomenda que os administradores mantenham as configurações de QoS (Quality of Service) existentes para o processo principal e que apenas adicionem novas regras para o novo executável, em vez de as removerem ou substituírem.










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