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A aposta da indústria nos smartphones ultrafinos parece ter encontrado um obstáculo intransponível: a preferência dos consumidores pela autonomia. Segundo novas informações, a Samsung decidiu cancelar definitivamente o desenvolvimento do tão aguardado Galaxy S26 Edge, um modelo que prometia revolucionar o design da marca com um corpo extremamente fino.

A decisão surge num contexto em que o mercado demonstrou pouco entusiasmo por estes dispositivos. As vendas abaixo do esperado do atual Galaxy S25 Edge e, notavelmente, do iPhone Air da Apple, serviram de alerta para a gigante sul-coreana. A conclusão interna é clara: a maioria dos utilizadores não está disposta a sacrificar a duração da bateria em prol de um design mais elegante.

Bateria foi o "calcanhar de Aquiles"

De acordo com fontes próximas da indústria, citadas pelo KED Global, a bateria de 3.900 mAh presente no Galaxy S25 Edge revelou-se o principal ponto de crítica. Num mercado onde a exigência por energia é cada vez maior, especialmente com a integração de funcionalidades de Inteligência Artificial, esta capacidade mostrou-se insuficiente para garantir um dia inteiro de uso intensivo.

Além da autonomia, os desafios térmicos impostos por um chassis super-fino também pesaram na decisão. A Samsung terá concluído que, com a tecnologia atual, é difícil dissipar o calor de forma eficiente sem comprometer o desempenho ou o conforto do utilizador. Embora a empresa continue a investigar novas tecnologias, como as baterias de silício-carbono, estas ainda não estão suficientemente maduras para "salvar" o projeto S26 Edge a tempo do seu lançamento.

Com a Apple a planear o lançamento do iPhone Air 2 apenas para meados de 2027, a Samsung não sente pressão competitiva imediata para manter um rival direto neste nicho de mercado.

Foco na linha principal e crise dos chips

Com o cancelamento da variante "Slim" ou "Edge", a estratégia da Samsung para o próximo ano passará por concentrar todos os recursos na sua linha principal: o Galaxy S26, o S26 Plus e o S26 Ultra. Esta medida visa também otimizar a linha de produção face ao cenário económico previsto para 2026.

A indústria prepara-se para enfrentar uma nova crise dos chips, e ao remover um modelo de alto risco do seu portefólio, a fabricante assegura que os seus stocks de semicondutores e o orçamento de marketing são alocados aos dispositivos que garantem maior volume de vendas.

Esta tendência de recuo nos telemóveis ultrafinos não é exclusiva da Samsung. Outras grandes fabricantes, como a Xiaomi, Honor e Vivo, também estarão a reavaliar ou a cancelar os seus projetos semelhantes, após observarem a reação morna do mercado aos primeiros dispositivos desta nova vaga de design. Resta saber se, no futuro, a evolução das baterias permitirá o regresso destes modelos sem os compromissos que ditaram o seu fim prematuro.

Entretanto, as atenções viram-se agora para o lançamento da nova série, sendo que novos rumores sugerem que a Samsung poderá adiar o lançamento do Galaxy S26 para fevereiro, alterando ligeiramente o seu calendário habitual.