As redes sociais são uma ferramenta integrada de forma importante na sociedade atual, tanto que existem vários casos de utilizadores dependentes das mesmas. Diversos estudos ao longo dos anos tem vindo a apontar estas plataformas sociais como um meio de dependência, e um recente estudo realizado nos EUA aponta que este caso pode ser similar ao que se verifica na dependência de drogas químicas.
De acordo com um estudo realizado por investigadores nos EUA, a utilização de redes sociais e a sua dependência pode ter efeitos similares ao que se encontraria em dependências químicas. No estudo foram colocados em análise 71 participantes, aos quais foram colocadas uma série de perguntas para se identificar a sua dependência ao Facebook.
Por entre as perguntas questionava-se como os utilizadores se sentiam antes e depois de utilizarem a plataforma, os seus sentimentos ao receberem gostos e mensagens, entre outros, com vista a analisar o perfil psicológico de cada um face à rede social.
Após estas questões, cada um dos participantes é sujeito a uma avaliação conhecida por Iowa Gambling Task, onde são colocados em situações diferentes para avaliar as suas tomadas de decisão e comportamentos de risco.
De acordo com os resultados, os participantes mais ligados às redes sociais – e com maior dependência das mesmas, portanto – tiveram comportamentos similares ao que se encontra em sujeitos dependentes de drogas químicas como a Heroína e cocaína.
Os investigadores afirmam que os participantes, em muitas das situações analisadas, não foram capazes de compreender os riscos e as suas capacidades de decisão foram gravemente afetadas, algo que se verifica normalmente em dependentes de drogas.
Os resultados do estudo foram publicados pelo Journal of Behavior Addictions, e os investigadores responsáveis pelo mesmo esperam que este sirva como meio de utilização para as plataformas sociais adaptarem o seu comportamento face a situações de dependência dos utilizadores.
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