Os serviços de streaming são bastante populares para quem pretenda uma alternativa a comprar CDs de música ou itens virtuais em lojas como o Google Play e iTunes. Além disso, contribuiu também para uma queda na utilização de plataformas de partilha de músicas ilegalmente.
Até há pouco tempo, este mercado era ocupado por poucas plataformas, com destaque sobretudo para o Spotify como sendo um dos mais utilizados – e ainda o é. No entanto, um recente estudo aponta que o aumento na quantidade de serviços de streaming tem também causado algumas mudanças na variante da pirataria online.
Segundo o estudo realizado pela empresa Sandvine, e citado pelo portal Motherboard, o aumento na quantidade de plataformas de streaming disponíveis para os consumidores tem também levado a um aumento na procura de plataformas para conteúdos ilegais e no número de downloads destes, algo que tinha vindo a perder popularidade desde 2011.
Em meados de 2011, os serviços de download representavam 52% de todo o tráfego online na América do norte. Este valor caiu para metade em meados de 2015, num total de 26.8% - altura em que também começara a propagar-se as primeiras plataformas de streaming de conteúdos. No entanto, nos últimos meses, o volume de downloads realizados tem vindo a aumentar, marcando já um crescimento de 6%.
De sublinhar que estes números dizem respeito à América do Norte, sendo que noutros continentes – sobretudo na Europa – os valores não sofreram grandes mudanças ao longo dos anos.
Para os analistas da Sandvine, o motivo passa pelo aumento no número de plataformas de streaming, dando como justificação os conteúdos exclusivos que são criados para diferentes plataformas. Estes serviços são baseados no género de assinatura, porém, quando uma entidade lança um conteúdo em formato exclusivo, e onde os utilizadores não tenham uma subscrição, é improvável que venham a obter a mesma apenas para acederem a esse conteúdo.
Uma grande parte dos utilizadores opta por recorrer a meios ilegais para obter o mesmo conteúdo exclusivo, sem que tenha de pagar por uma segunda subscrição – na maioria das vezes desnecessariamente.
Isto pode ser analisado tendo em conta alguns dos conteúdos que recorrentemente mais surgem nas listas dos mais pirateados online: Game of Thrones, da HBO; House of Cards, da Netflix; Jack Ryan, da Amazon; e The Handmaid’s Tale, da Hulu. Estes são alguns exemplos de conteúdos exclusivos de diferentes plataformas que, de forma recorrente, surgem nas listas dos conteúdos mais pirateados a nível semanal.
Apesar deste aumento, as plataformas de streaming ainda continuam a manter-se no topo da preferência dos utilizadores, com base na utilização da rede. 58% de todo o trafego online nos EUA é destinado a plataformas de streaming, com o Netflix a liderar a tabela e a ocupar 15% dentro deste tráfego.
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