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nvidia RTX

 

Com a chegada ao mercado das novas gráficas Nvidia RTX, a marca apostou fortemente na nova tecnologia ray-tracing. Esta tecnologia permite obter um considerável aumento de detalhes a nível da luz e sombras em videojogos compatíveis.

 

No entanto, apenas as placas RTX da Nvidia contam com suporte a esta tecnologia, e o preço das mesmas deixa muito a desejar para a maioria dos consumidores. Com isto muitos levantam a questão: compensa investir numa gráfica com suporte a ray-tracing?

 

O preço será um dos principais pontos a ter em consideração. As novas RTX 2060 encontram-se no mercado a partir dos 349 dólares, com o modelo 2080 a atingir os 800 dólares, e certamente que são duas placas longe dos bolsos de muitos utilizadores.

Apesar de serem uma inovação face aos modelos anteriores, o preço é consideravelmente superior ao que se verificou no lançamento das GTX 1060 ou 1080, com o desempenho final a ser apenas entre 10 a 30% superior ao destes modelos – segundo os dados da própria Nvidia.

 

Um dos exemplos mais visíveis encontra-se no jogo “Shadow of the Tomb”, demonstrado em várias ocasiões como referência para o desempenho. Com uma RTX 2080, em resolução 1440p e os gráficos em “Alto”, é possível obter entre 80-90 FPS. Por sua vez, com as GTX 1080 o valor encontra-se entre os 60-70 FPS. Sem duvida que existe um aumento no desempenho final dos jogos, mas não será algo elevado.

 

O valor destas placas será sobretudo para uma funcionalidade: o Ray-tracing.

 

> Suporte ao Ray-tracing?

 

O Ray-tracing garante melhorias a nível dos reflexos, sombras e outros detalhes nos jogos, o que garante um efeito mais realista dos mesmos e torna a experiência muito mais atrativa. No entanto, existe um grande senão sobre este ponto: o suporte à tecnologia por parte dos videojogos.

 

Ray-tracing

 

O Ray-tracing apenas pode ser aproveitado por jogos que sejam desenvolvidos ou adaptados para utilizar a tecnologia. Se o título não possuir suporte ao Ray-tracing, não irá utilizar de todo o mesmo. No entanto, atualmente existe apenas um jogo com suporte ao mesmo: Battlefield V.

Espera-se que o Shadow of the Tomb Raider também venha a suportar a tecnologia, mas ainda não se encontra disponível. Além disso, quase seis meses depois das RTX terem sido apresentadas, ainda não surgiu no mercado nenhum outro título com suporte ao Ray-tracing.

 

> Ray-tracing é a única vantagem?

 

O Ray-tracing não será a única vantagem destas placas, com a Nvidia a apontar também a tecnologia DLSS existente nas RTX. Esta tecnologia permite melhorar algumas bordas em objetos em jogo, tornando os mesmos mais suaves e aumentando o realismo dos mesmos.

Novamente, esta tecnologia apenas existe nas gráficas RTX, mas apenas é utilizada nos jogos que a suportam – que mais uma vez será apenas o Battlefield V.

 

ray-tracing sombras

 

Ou seja, no estado atual do mercado, a única vantagem em adquirir as placas RTX encontra-se para quem pretenda obter o máximo de qualidade num jogo: Battlefield V. Pode-se dizer que também estaria preparado para o futuro, mas o mais provável será que, quando forem lançados novos títulos com suporte à tecnologia, o preço das placas tenha caído consideravelmente.

 

> E a AMD?

 

A piorar a situação, também se espera que a AMD venha a lançar a sua própria tecnologia de Ray-tracing, sobre futuras gráficas da linha Radeon. Isto será algo bastante provável de acontecer, mas que acarta também outros problemas.

Se tanto a AMD como a Nvidia disponibilizam as suas próprias tecnologias de Ray-tracing, e cada jogo necessita de ser adaptado às mesmas, coloca-se uma pressão adicional tanto para as editoras como para os consumidores.

 

amd radeon ray tracing

 

É improvável que uma editora venha a dispensar o tempo e custo necessário para adaptar um jogo a ambas as tecnologias, e a maioria poderá optar por não apostar na mesma de todo – optando invés disso em melhorar os motores gráficos dos títulos. Isto pode levar a que não apareçam muitos títulos com suporte às tecnologias.

 

Já os consumidores terão dificuldade em escolher a tecnologia certa para os seus sistemas, e poderão ficar limitados sobre os títulos que suportam ou não a mesma, com base nas suas escolhas de gráficas.

 

Isto não seria algo novo. A Nvidia também tentou, no passado, lançar a sua tecnologia PhysX com a promessa de melhorias a nível da física em jogos. Apesar de ter tido relativo sucesso, e de chegar a ser implementado em algumas consolas, a tecnologia nunca arrancou de forma expressiva no mercado doméstico – sobretudo pela necessidade de uma placa adicional no sistema e do custo mais elevado. Além disso, apenas títulos com suporte à tecnologia eram capazes de aproveitar a mesma – algo, novamente, bastante limitado.

 

> Questão principal: compensa comprar uma RTX?

 

Será algo que varia consoante o consumidor. Se pretende estar a par das últimas tecnologias, e obter o máximo de desempenho possível, além de ter o orçamento para tal, então a compra de uma RTX será certamente vantajosa – nem que seja para ficar preparado para o futuro.

 

No entanto, se o orçamento é mais limitado, ou não considera que a qualidade gráfica seja um dos principais pontos a ter em conta num jogo, então talvez seja melhor optar por um modelo mais antigo e mais barato. Não irá perder nada e sempre poupa algum dinheiro para investir noutros lugares.

 

Mas qual é a sua opinião? Considera o Ray-tracing algo necessário?

Deixe a sua opinião nos comentários.

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