Durante vários anos, o Netflix tem vindo a fornecer filmes e séries livres de publicidade, sendo que os utilizadores apenas necessitam de pagar uma mensalidade pelo serviço e podem usufruir de todos os conteúdos sem qualquer interrupção. A empresa também revelou no passado que não possui intenções de lançar anúncios para os utilizadores finais.
No entanto, de acordo com vários executivos de plataformas rivais do Netflix, a empresa pode vir a ter de implementar este sistema caso pretenda manter-se relevante no mercado e com lucros.
Linda Yaccarino e Peter Naylor, chefes de publicidade da NBCUniversal e do Hulu, respetivamente, afirmam que os custos para manter uma livraria de conteúdos de qualidade disponíveis é bastante avultado, e que estes custos devem eventualmente ser passados para os utilizadores.
Ao longo dos tempos, o Netflix tem feito alguns ajustes no valor das suas subscrições, mas nunca de forma significativa. Apesar disso, os executivos afirmam que mudanças mais agressivas podem vir a ser necessárias para a plataforma conseguir manter o seu catálogo de conteúdos.
O método sobre como a empresa pode implementar estes custos extra depende dos planos da mesma para o futuro. Como exemplo, o serviço Hulu fornece aos utilizadores um plano de subscrição que possui publicidade, mas onde o valor mensal a pagar é também mais reduzido.
Por sua vez, o Spotify fornece uma opção gratuita e mais limitada da sua plataforma, também baseada de forma pesada em publicidade.
Serviços como o Disney+ e Apple TV+ podem mudar a mentalidade do Netflix no que respeita a publicidade, caso os consumidores comecem a apreciar mais a oferta dos rivais, ou os conteúdos de maior interesse comecem a abandonar o Netflix para estas plataformas – alem das séries originais que possam oferecer de forma mais cativante.
Seja como for, o serviço irá manter-se (por enquanto) livre de publicidade para os utilizadores finais.
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