O Youtube conta atualmente com mais de dois mil milhões de utilizadores ativos, e é sem dúvida uma das maiores plataformas de vídeo da atualidade. O site é utilizado para os mais variados fins, mas a partilha de vídeos educativos ou de aprendizagem é também um dos seus focos centrais.
Com isto, tem vindo a ser verificado um aumento considerável no número de vídeos com conteúdo falso dentro da plataforma, com a tendência principal a ser os “mitos” sobre o aquecimento global.
De acordo com um estudo realizado pela revista Frontiers in Communication, o Youtube tem vindo a ser uma das principais plataformas utilizadas para a distribuição de conteúdo enganador e falso relativamente ao aquecimento global e em como este se trata de uma suposta “conspiração” dos governos mundiais.
No estudo, que envolveu as pesquisas do tema sobre o Youtube e de diferentes sistemas remotos, verificou-se que os conteúdos apresentados são, na sua maioria, falsos e enganadores para os utilizadores.
A plataforma parece ter a tendência de apresentar vídeos que colocam o tema do aquecimento global como sendo um mito, invés de conteúdo verdadeiro relativamente ao tema. De algumas pesquisas feitas no portal sobre o tema do aquecimento global, e tendo em conta os primeiros 200 vídeos apresentados, 120 não defendiam a visão aprovada pela comunidade científica, enquanto 107 negavam de todo a existência de aquecimento global no planeta Terra.
A procura por termos como “fraude climática” ou “mitos do aquecimento global” também levam a vários resultados de conteúdo enganador, sem que o Youtube alerte para qualquer um dos vídeos sobre o tema. Estes vídeos acabam por receber milhares de visualizações visto serem uma tendência de interesse crescente nos últimos anos.
Os investigadores deste estudo defendem que o Youtube deveria implementar algumas mudanças no seu algoritmo, de forma a que os conteúdos apresentados fossem mais diretos ao conteúdo realmente interessante sobre o tema. No entanto, os mesmos investigadores acreditam que a plataforma não deve remover os conteúdos existentes, mesmo que contrários ao estipulado pela ciência, visto que isto seria considerado censura.
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