O Facebook não possui o melhor histórico no que respeita à privacidade dos utilizadores, e recentemente voltam a surgir notícias de possíveis abusos na recolha de informações por parte dos comerciantes sobre vários utilizadores da plataforma.
Segundo revela o portal Business Insider, o Facebook estará a realizar uma investigação em larga escala a vários parceiros de marketing, depois de terem surgido suspeitas que haveria entidades a utilizarem este sistema para recolha abusiva de dados sobre os utilizadores.
Mais de 600 empresas de publicidade, a nível mundial, contam atualmente com o selo de aprovação do Facebook para marketing direto – este selo garante que as empresas foram reconhecidas oficialmente pelo Facebook para planos de marketing e fornecimento de serviços similares na rede social.
No início do mês foi descoberto que a empresa Hyp3r estaria a aproveitar este estatuto dentro da rede social para recolher milhões de dados relativos aos utilizadores, através da exploração de uma falha de segurança no sistema do Facebook. Entre os dados recolhidos encontra-se a localização exata onde os utilizadores estariam.
Agora são reveladas mais um conjunto de empresas que terão aproveitado a mesma falha na plataforma para continuarem a recolher informações dos utilizadores de forma abusiva e sem permissão dos mesmos. Entre os nomes destacam-se a AiGrow, Bigbangram, Brand 24, Follow Cop, Followers Tracker, Sked Social, Stackla e Storrito.
Isto será mais uma mancha negra no histórico do Facebook relativamente à privacidade dos utilizadores, sobretudo no que respeita à recolha de informações pessoais. Depois de ter sido revelada esta descoberta, a rede social também revelou que iria averiguar todas as empresas atualmente com o selo de validação do Facebook para identificar práticas similares – além de suspender a aprovação de novas entidades durante o processo.
Esta medida terá começado a ser aplicada desde o início desta semana, e vários parceiros de marketing da rede social foram já alertados para as praticas de recolha abusiva de dados dos utilizadores, bem como das consequências a que isso pode levar.
Para os utilizadores finais, porém, o caso levanta novamente questões sobre a forma como os dados estão a ser tratados pela rede social e como esta entidade permite que os mesmos sejam recolhidos em larga escala.
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