Cada vez mais os conteúdos Deepfake são criados tão próximos da realidade que se torna difícil até mesmo para olhos experientes detetarem estes conteúdos. Que o diga uma empresa do Reino Unido no setor da energia, que foi vítima de um esquema de burla utilizando um vídeo deepfake.
O CEO da empresa britânica recebeu uma chamada aparentemente do seu supervisor, com detalhes para realizar a transferência de 200 mil euros para uma conta bancária na Hungria, sobre o pretexto que seria um fornecedor da entidade.
No entanto, do outro lado da linha não estaria o supervisor do CEO, mas sim um elaborado esquema, onde os burlões utilizaram sofisticado software para replicar a voz do supervisor da empresa ao pormenor. Os burlões terão ainda insistido em que fosse realizada a transferência o mais rapidamente possível, o que levantou suspeitas ao executivo e levou a que o mesmo a telefonar para o verdadeiro supervisor – onde se descobriu o esquema então.
De acordo com o The Wall Street Journal, o dinheiro chegou mesmo a ser transferido para os burlões, que acabaram por movimentar o mesmo sobre diferentes contas bancárias em redor do mundo, dificultando a sua deteção. As autoridades encontram-se a investigar o caso, mas será muito complicado chegar-se à origem do dinheiro tendo em conta todas as mudanças que estão a ser feitas ao dinheiro, saltando de banco em banco.
Apesar de diferente do tradicional, a utilização de deepfakes para esquemas e burlas pode não ter sido feita apenas uma vez. A empresa de segurança Symantec afirma que analisou três casos diferentes onde vídeos deepfake foram utilizados para enganar as vítimas e levar à transferência de milhares de dólares em dinheiro vivo para os burlões.
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