A Amnistia Internacional considera que plataformas como o Facebook e a Google fornecem um sistema bastante prejudicial para os direitos humanos. Em concreto, a organização considera como mais grave as práticas de “vigilância constante” que estas entidades realizam sobre os seus utilizadores.
Num relatório recentemente divulgado pela organização, esta afirma que o Facebook e a Google estão a realizar uma vigilância em massa sobre os dados de milhões de utilizadores em todo o mundo, violando os seus direitos à privacidade online, e sugerindo que se encontra na altura de realizar uma “transformação radical sobre o modelo de negocio das empresas de tecnologia em redor do mundo”.
A organização acredita que, apesar de os utilizadores não terem de pagar para utilizar as plataformas das duas empresas, estes no final acabam por pagar com os seus dados pessoais e informação privada. O escândalo do Cambridge Analytica é um excelente exemplo disso mesmo, e do qual o Facebook ainda se encontra a recuperar mesmo depois de todos os meses que passaram.
Kumi Naidoo, secretário geral da Amnistia Internacional, acredita que a Google e o Facebook transformaram os seus modelos de negocio para deixar de lado a privacidade dos utilizadores, passando a utilizar os dados dos mesmos como forma de obterem os seus ganhos.
A organização apela para que sejam os governos a tomarem medidas para limitar este género de praticas de vigilância e controlo dos dados dos utilizadores na Internet, aplicando regulamentos e leis que limitem o que as grandes empresas podem recolher e utilizar dos mesmos.
Em resposta a este relatório, o Facebook já reagiu ao mesmo afirmando que a empresa “discorda das conclusões, sendo que todas as práticas da plataforma vão de encontro ao pretendido para manter a privacidade dos utilizadores online”.
Até ao momento a Google não comentou o relatório publicamente.
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