As autoridades russas terão realizado buscas nos escritórios da empresa NGINX.Inc em Moscovo, uma subsidiária da F5 Networks responsável por uma das tecnologias mais populares em servidores da Internet.
O NGINX é um dos softwares de otimização web mais utilizados na Internet, estando presente em milhares de servidores em todo o mundo. Esta tecnologia é utilizada como base em servidores mesmo de grandes entidades como o Facebook, Google e Microsoft.
Os escritórios da empresa em Moscovo, segundo o portal ZDNet, foram recentemente alvo de buscas pelas autoridades russas, que terão ainda apreendido diverso material informático e alguns dos funcionários para interrogatório.
Em causa estaria um processo de violação dos direitos de autor criado pela empresa Rambler, um dos maiores motores de pesquisa da Rússia, o qual afirma ser o dono do código fonte utilizado como base do NGINX. O código teria sido desenvolvido pelo engenheiro Igor Sysoev, enquanto o mesmo ainda trabalhava na Rambler. Como tal, o código do mesmo seria da propriedade da empresa.
Igor Sysoev começou a desenvolver o NGINX em meados de 2000, tendo lançado uma versão open source do mesmo em 2004. Na altura o engenheiro trabalhava para a empresa russa, mas em 2009 foi o criador da NGINX.Inc, entidade que viria a ficar responsável por manter as atualizações do código desta tecnologia.
Apesar da empresa encontrar-se sediada em São Francisco, nos EUA, esta possui escritórios em redor do mundo. Apesar de o código da tecnologia ser open-source, uma grande base do mesmo ainda é mantido por funcionários desta empresa, o qual fornecem atualizações constantes e melhorias – para além de toda a comunidade aberta.
Sysoev já negou, em múltiplas ocasiões, que teria desenvolvido o NGINX enquanto trabalhava na empresa Rambler. O engenheiro afirma que a tecnologia foi desenvolvida no tempo livre do engenheiro, e que a Rambler nem possuía conhecimento da existência deste até ter sido lançado ao publico.
De notar que, em Fevereiro de 2019, o NGINX tornou-se a tecnologia mais utilizada em servidores pela Internet, ultrapassando mesmo o Apache.
Até ao momento as informações sobre o caso ainda são vagas, sendo que apenas existem algumas confirmações das buscas realizadas nos escritórios da empresa. As empresas envolvidas não deixaram qualquer comentário oficial sobre o caso, bem como as autoridades russas não comentam também investigações em aberto.
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