Desde o caso de George Floyd nos EUA que as forças policiais no continente tem vindo a passar por vários protestos devido às suas práticas abusivas. A grande maioria dos protestos são realizados nas ruas, mas existem também casos onde estes passam para o mundo virtual.
Recentemente o grupo de hackers Distributed Denial of Secrets (DDoSecrets), revelou um conjunto de 296GB de dados roubados de várias agencias policiais nos EUA, os quais estão agora disponíveis publicamente.
Apelidado de “Blueleaks”, o ataque disponibilizou mais de um milhão de ficheiros associados com casos das autoridades em vigor sobre os mais variados setores. Nos documentos encontra-se ainda variada informação sobre como as autoridades realizam práticas para detetarem manifestantes reconhecidos ou gangs, e quais as medidas a tomar em determinadas situações.
Entre os dados encontram-se ainda números de telefone, moradas, dados financeiros e áudios pertencentes a vários agentes e relacionados com diversos casos ativos. O mais interessante destes dados encontra-se no facto destes dizerem respeito a casos com mais de 24 anos. Os ficheiros estão datados entre Agosto de 1996 e Junho de 2020.
Os dados incluem ainda informações sobre o FBI e vários casos ativos atualmente, bem como casos decorridos durante os protestos que se têm verificado nas ultimas semanas – juntamente com manuais de procedimento variados.
O grupo responsável por revelar o leak afirma que os conteúdos não terão sido recolhidos pelo mesmo, mas sim por vários ativistas do grupo Anonymous.
De acordo com a National Fusion Center Association (NFCA), os dados terão sido obtidos através de alguma conta comprometida nos sistemas das autoridades, sendo que o caso irá agora ser analisado em mais detalhe pelas autoridades competentes.
Entre a informação agora divulgada encontram-se também táticas que os participantes nas manifestações da causa “Black Lives Matter” podem agora utilizar para tentar contornar a vigilância das autoridades, já que muitos documentos referem formas que as forças policiais utilizam para monitorizar as multidões.
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