A Linux Foundation revelou ter formado, em Julho, um novo grupo que pretende ajudar as autoridades de saúde a criarem uma tecnologia livre de contact tracing para monitorizar e evitar a propagação do coronavírus. Atualmente já existem duas aplicações que estão a usar esta tecnologia.
Ao contrário do que acontece com os sistemas da Google e da Apple, a proposta da Linux Foundation passa por criar um sistema inteiramente open-source, onde os interessados podem não só analisar o código existente mas também ajudarem no seu desenvolvimento – ou até implementarem nas suas apps dedicadas.
O conceito deste sistema será idêntico às APIs desenvolvidas pela Google e pela Apple nos seus respetivos sistemas, mas terá a diferença que pode ser inteiramente analisada pela comunidade.
Atualmente já existem alguns estados que estão a tirar proveito desta tecnologia, entre os quais se encontra a aplicação "COVID Green", desenvolvida na Irlanda, e a "COVID Shield" desenvolvida no Canadá.
O sistema irá usar as ligações Bluetooth para identificar contactos entre indivíduos, enviando chaves únicas e anónimas para os servidores das autoridades nacionais de saúde. Caso uma dessas chaves seja associada com um utilizador testado positivo para COVID, os utilizadores que estiveram próximo do mesmo nos últimos 14 dias (e por um período prolongado de tempo) irão ser notificados, sem que a origem da infeção seja revelada.
Apesar de Google e Apple terem fornecido detalhes em como os seus sistemas de contact tracing são seguros e privados, sem que informação desnecessária seja recolhida dos utilizadores, ainda existem muitos grupos que colocam questões relativamente à veracidade destes casos. Em algumas situações, este pode mesmo ser um ponto fundamental de discórdia, que leva muitos utilizadores a não instalarem as aplicações oficiais das autoridades de saúde.
A solução da Linux Foundation pretende ser uma alternativa a estes sistemas, fornecendo a informação de forma clara, e garantindo também que todos podem realmente analisar o que se encontra a ser feito dentro de cada API.
Os testes iniciais destacam que existem mais consumidores a adotarem rapidamente estas soluções open-source em alternativa de aplicações fechadas ou criadas com base nos sistemas da Apple/Google. O número de aplicações existentes com esta tecnologia ainda é reduzida, mas a entidade espera que venha a aumentar em breve.
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