De acordo com uma recente investigação realizada pelo The Washington Post, algumas das maiores empresas no mercado americano, entre as quais se encontra a Apple, Amazon e Tesla estão a usar linhas de produção chinesas que usam funcionários pressionados a trabalhar.
O relatório aponta como algumas das linhas de produção na China, usadas por grandes empresas norte-americanas, estão a usar trabalhadores forçados a trabalhar nas mesmas – sobretudo da comunidade muçulmana na zona de Xinjiang. Como exemplo encontra-se a “Lens Technology”, uma empresa que trabalha diretamente com a Apple, e que nos últimos meses tem vindo a ser acusada deste género de práticas entre os seus funcionários.
Os dados apontam mesmo que o uso de trabalho forçado dentro das linhas de produção vai mais longe do que aquilo que a empresa possui conhecimento – neste caso a Apple. No caso da Lens Technology, a Apple garante que mantêm rigorosos controlos de qualidade sobre o trabalho dos seus principais fornecedores, no entanto os casos de abusos podem ser encontrados facilmente e livremente pela Internet com rápidas pesquisas.
Em resposta, a Apple refere que realizou mais de 1142 investigações às suas entidades parceiras durante 2019, num total de 49 países diferentes, como forma de averiguar se os mesmos estavam dentro do código de conduta e de trabalho da empresa, não tendo encontrado casos de violações na China. No entanto, não foi confirmado se a Lens foi uma das entidades analisadas pela Apple.
Esta não é a primeira vez que a Apple encontra-se sobre fogo devido às suas práticas junto de entidades parceiras na China, e por relatos de abusos nos funcionários de diferentes fábricas usadas pela empresa na região – algo que a empresa sempre alegou manter sobre controlo.
O mesmo também se aplica a entidades como a Amazon e a Tesla, que são acusadas de casos similares entre os seus parceiros – e no geral seguem a tendência da Apple em referir que também analisam cuidadosamente os fornecedores para detetar casos de abusos.
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