A comunidade de Linux tende a ter uma certa imagem que é composta por utilizadores com alguns conhecimentos a nível de informática e sobre como usar um computador em geral – mesmo que isso não seja propriamente verdade. Ainda assim, tende a ser um sistema usado por alguns utilizadores com mais conhecimentos sobre a gestão do sistema operativo.
No entanto, os utilizadores do Linux Mint parece que são um dos que estão mais “irresponsáveis” no que toca a atualizações do sistema. Pelo menos é isso que indica um recente estudo realizado pela equipa de desenvolvimento do Mint.
De acordo com a publicação no blog da entidade, os criadores e gestores do Linux Mint estão eles próprios a apelar para que os utilizadores do sistema atualizem o Mint, pois parece que isso é algo que não está a ser feito por uma grande maioria.
De acordo com os programadores, 30% dos utilizadores do Linux Mint ainda se encontram na versão 17.x do sistema, a qual deixou de ser suportada oficialmente faz quase dois anos. Clement Lefebvre, um dos programadores principais da entidade, refere que esta versão do sistema operativo encontra-se consideravelmente desatualizada, e mesmo que esteja a funcionar corretamente, nos sistemas onde se encontra, está a colocar em risco a segurança dos utilizadores.
O programador afirma que o valor é de 30%, mas que poderia ser na mesma 5 ou 10%. Tendo em conta que a versão em questão deixou de receber atualizações em Abril de 2019, o valor deveria encontrar-se próximo de 0% - que não é o que acontece.
O facto de ainda existirem sistemas nesta versão, a qual deixou de receber atualizações de segurança, isso indica que os utilizadores na mesma podem estar igualmente em risco de terem os seus dados ou sistemas comprometidos por alguma falha entretanto conhecida.
A Microsoft pode ser bastante criticada por “forçar” algumas atualizações no Windows 10, o que também se encontra longe de ser perfeito para muitos e, em algumas situações, pode dar verdadeiras dores de cabeça. Mas a realidade é que mesmo quando estas atualizações não são forçadas, ainda existe uma grande percentagem de utilizadores que simplesmente prefere manter-se no que tem e não ter de passar pelo processo de atualização novamente.
É importante notar, no entanto, que muitos dos utilizadores do Linux Mint também podem ter tido o sistema instalado por terceiros em algum momento, e desde então não foi realizada a atualização para uma versão mais recente. Ainda assim, o valor encontra-se consideravelmente mais elevado ao que deveria ser o recomendado.
Se ainda está nesta versão do Linux Mint, e é um dos que faz parte da quota de 30% do Mint 17.x, está na altura de pensar em começar a realizar o upgrade para um sistema mais recente.
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