A indústria encontra-se a passar por um período complicado derivado de todos os problemas a nível da economia. Isto afeta praticamente todos os mercados, e o da produção de semicondutores não foge da regra.
Os dados mais recentes não são animadores nessa vertente. De acordo com o portal South China Morning Post, a China encontra-se a verificar uma das maiores quedas na produção de semicondutores dos últimos tempos.
Segundo os dados, o pais verificou uma queda anual de 24.7% na produção de chips, num total de 24.7 mil milhões de unidades em Agosto. Esta é a maior queda de sempre sentida no mercado desde 1997, e um dos volumes de produção mais baixos desde Outubro de 2020.
Este é também o segundo mês consecutivo em que se verificam quedas na produção de chips para o mercado, depois de ter sido registada uma queda de 16.6% em Julho, num total de 27.2 mil milhões de unidades.
Existem vários fatores a contribuir para estas quedas. Um deles encontra-se sobre novos focos de propagação de COVID na China, que nos últimos meses têm obrigado as fábricas a suspender as suas produções. Existe ainda a relação com os cortes que os consumidores estão a realizar na compra de novos produtos eletrónicos, que por sua vez leva à necessidade de menos produção para o mercado.
Existe ainda os apagões que se fizeram sentir durante as ondas de calor na China, e que afetaram várias indústrias, mas especialmente as linhas de produção em geral. No entanto, muitos analistas apontam que as sanções aplicadas pelos EUA à China são também uma das principais causas para estas quedas.
De relembrar que a administração de Biden implementou novas sanções contra a China de forma recente, tendo impacto na possibilidade do pais obter acesso a algumas tecnologias localizadas nos EUA, para a produção de chips avançados. O governo dos EUA afirma que as autoridades chinesas estariam a usar essas tecnologias para desenvolver armas avançadas.
Nos últimos meses, várias empresas associadas com o setor dos chips e semicondutores na China também terão encerrado as suas atividades devido a estas sanções. Estima-se que 3470 empresas chinesas tenham fechado atividades nos últimos oito meses devido às sanções impostas.
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