Durante o dia de ontem, Elon Musk confirmou que iria perdoar contas antigas banidas da plataforma, permitindo que as mesmas voltassem ao ativo – desde que não tenham violado a lei ou realizado spam massivo.
No entanto, vários grupos de ativismo encontram-se agora a alertar para a gravidade desta situação, que pode levar a um escalar nos casos de conteúdo de ódio dentro da plataforma.
De acordo com vários grupos de monitorização de plataformas sociais, desde que Elon Musk completou a compra do Twitter com a ideia de usar a plataforma para um ambiente de liberdade de expressão, conteúdos de racismo, antissemitismo e outros géneros de conteúdos de ódio aumentaram consideravelmente na plataforma.
No entanto, esta situação pode vir agora a piorar consideravelmente, sendo que vários especialistas alertam para o facto que pode vir a verificar-se o uso do Twitter para conteúdos ainda mais abusivos numa escala sem precedentes na plataforma.
Imran Ahmed, CEO do grupo da Center for Countering Digital Hate, revelou numa recente entrevista que o perdão para utilizadores e contas usadas anteriormente para campanhas de ódio na plataforma vai elevar ainda mais este género de conteúdos daqui em diante.
Ahmed afirma mesmo que esta nova regra de perdão para contas irá ter como beneficio apenas quem realmente pretenda usar a plataforma para esse fim, prejudicando todos os restantes utilizadores.
A partir do Twitter, vários utilizadores criticam esta nova medida de Musk, em parte porque consideram que a mesma vai permitir que as pioras pessoas que foram removidas da plataforma voltem agora ao ativo, praticamente sem consequências.
Ao mesmo tempo, os problemas para a plataforma continuam a surgir noutras frentes, com vários anunciantes a colocarem em pausa as suas campanhas na rede social, ou a saírem da mesma por completo, sobre as mudanças que foram realizadas na mesma.
Também as autoridades começam a apertar o leque de regras e monitorizações feitas para a plataforma, sobretudo para que o Twitter siga as normas que foram estabelecidas como leis em vários países. Um dos exemplos encontra-se sobre a Digital Services Act, que ainda se encontra em aprovação mas espera-se vir a ser aplicada em 2024 para todas as empresas.
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