Os ataques DDoS estão a evoluir, com o objetivo final de serem ainda mais destrutivos contra potenciais vítimas dos mesmos. Até agora, muitos dos ataques DDoS eram realizados através da exploração de falhas em dispositivos da Internet das Coisas, que apesar de terem uma pouca capacidade de largura de banda, existiam em elevadas quantidades pela internet.
Desta forma, usando um elevado número de equipamentos seria possível realizar ataques bastante elevados e de uma força destrutiva grande. No entanto, de acordo com a empresa de segurança Cloudflare, este género de ataques encontra-se agora a mudar de tática, passando invés disso a usar VPS e servidores comprometidos – que possuem um valor consideravelmente mais elevado de largura de banda.
Por norma, um servidor conta com uma largura de banda consideravelmente superior, pelo que, com um menor número, é possível lançar ataques que podem chegar a ser 5000 vezes mais fortes do que seria possível com dispositivos da Internet das Coisas.
Em parte, estes géneros de ataques tiram proveito não apenas de sistemas comprometidos, mas também de plataformas que permitem criar este género de sistemas de forma consideravelmente mais simples. Muitos fornecedores de sistemas cloud permitem que os utilizadores possam ter planos gratuitos de servidores para "teste", o que é suficiente para criar uma enchente de sistemas disponíveis para serem usados em ataques – mesmo que sejam limitados, a sua capacidade de largura de banda é bastante superior à de dispositivos da Internet das coisas.
A Cloudflare indica que tem vindo a trabalhar com alguns fornecedores de serviços cloud, no sentido de desativar sistemas que estariam a ser usados para este género de ataques.
A empresa sublinha ainda que as atividades de ataques DDoS aumentaram consideravelmente durante o início deste ano. A empresa registou um aumento de 60% anual no volume de ataques DDoS por extorsão – onde as vítimas são ameaçadas de ataques caso não paguem um determinado valor.
Serviços na Internet, plataformas de marketing e de software, bem como serviços associados a videojogos estiveram entre os principais alvos deste género de ataques, com a tendência a ser para aumentarem nos próximos meses.
A nível dos ataques propriamente ditos, a maioria possui menos de 10 minutos de duração, com larguras de banda em torno dos 500 Mbps. No entanto, regista-se um aumento nos ataques com até 100 Gbps de largura de banda.
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