Juntamente com o Vision Pro, o novo dispositivo de realidade mista da Apple, foi também relevado o novo sistema operativo VisionOS, que vai ser a próxima versão da plataforma interligada da empresa.
O sistema vai encontrar-se no Vision Pro, com a Apple a descrever o mesmo como sendo o primeiro sistema construído de raiz para a computação espacial – termo que a Apple usou ao longo do evento para descrever as experiências do dispositivo, e não propriamente como realidade mista ou virtual.
A nível da arquitetura, o VisionOS conta com as mesmas bases que se encontram no macOS e iOS, o que lhe permite também partilhar algumas das características com estes sistemas. Vai ser essa partilha de integrações base que deverá facilitar a tarefa de migrar uma app dos sistemas da Apple para o VisionOS.
O VisionOS coloca as apps num ambiente sem fronteiras físicas, onde os utilizadores podem colocar as janelas das aplicações da forma que pretendem, e onde pretendam. A interface vai responder de forma dinâmica ao ambiente onde os utilizadores se encontrem, adaptando em conformidade para a melhor experiência possível.
O VisionOS vai ainda integrar suporte nativo a um conjunto de apps, nomeadamente as criadas em Unity, com a confirmação de suporte de apps da Adobe, como o Lightroom, da Microsoft, Cisco, Zoom e várias outras empresas de renome.
As aplicações disponíveis para o VisionOS vão encontrar-se acessíveis numa nova plataforma de apps dedicada para o Vision Pro – e bastante similar à App Store. Estima-se que várias apps estejam disponíveis desde o primeiro dia na plataforma, juntamente com mais de 100 títulos da Apple Arcade.
O VisionOS conta ainda com uma funcionalidade conhecida como "EyeSight", que a Apple descreve como sendo uma forma dos utilizadores interagirem com o ambiente que os rodeia, colocando os olhos dos mesmos no ecrã externo do dispositivo. Os olhos são analisados usando o sistema de sensores internos do dispositivo, juntamente com Machine Learning para reduzir o lag.
Por fim, a empresa revelou ainda algumas funcionalidades de segurança, focadas para o VisionOS. Entre estas encontra-se o Optic ID, que vai usar a retina dos utilizadores para realizar a autenticação em diferentes apps – de forma similar ao que existe com o Face ID.
Os dados transmitidos pelo sistema encontram-se ainda encriptados no chip do dispositivo, com um secção conhecida como "Secure Enclave", que permite garantir a proteção dos dados dos utilizadores e dos conteúdos que acedem nos seus dispositivos.
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