De acordo com um recente estudo, associado com a X, a maioria dos conteúdos de desinformação relativos ao Hamas e aos ataques em Israel surgem dentro da plataforma por contas que possuem o sinal de verificado – e consequentemente, que pagam para obter o X Premium.
De acordo com um estudo da NewsGuard, numa análise das publicações com mais interações entre 7 e 14 de Outubro, relativamente aos confrontos em Israel e com desinformação, a maioria das contas que os promoveram foram associadas com contas verificadas.
74% das contas que partilharam conteúdos de desinformação contavam com o sinal de verificado ou o X Premium ativo nas mesmas. No total foram analisadas 250 publicações dentro destes termos, que se tornaram virais dentro da X, apesar de conterem desinformação.
Entre estas encontram-se publicações de que equipas de reportagem da CNN estariam sobre ataque, com vídeos de tal, e que existiam crianças presas dentro de jaulas. No total, estas publicações receberam 1,349,979 interações, entre gostos, partilhas, comentários e outros, e foram vistas mais de 100 milhões de vezes – apesar de serem totalmente falsas.
A NewsGuard aponta que o facto que qualquer utilizador pode agora comprar o sinal de verificado na plataforma, e que tal dá tanto mais visibilidade aos conteúdos como uma maior autoridade face ao que é reconhecido do próprio, é um dos responsáveis para este problema.
Antes de Elon Musk adquirir o Twitter, os utilizadores verificados dentro da plataforma tinham a reputação de serem fontes credíveis de alguma informação, e incluíam celebridades, jornalistas e outros. No entanto, como agora qualquer um pode comprar o mesmo, isso leva a que a mentalidade anterior ainda prevaleça – com o sinal a ser visto como algo genuíno para os conteúdos partilhados – mas, ao mesmo tempo, algo que qualquer pessoa pode comprar.
O “boost” que é dado a estes conteúdos para quem tenha contas verificadas também não ajuda a reduzir a distribuição de conteúdos enganadores ou falsos. De relembrar que a X encontra-se atualmente a ser alvo de uma investigação da Comissão Europeia, exatamente pela partilha de conteúdos ilegais ou de desinformação sobre a sua plataforma, sem moderação.
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