A Microsoft teve um período atribulado no mercado de dispositivos móveis, sendo que o Windows Phone, apesar de todas as ideias da empresa, nunca foi um sistema que veio a competir com os rivais da Google e da Apple.
Nos últimos tempos temos vindo a ouvir algumas informações sobre este sistema, e detalhes do que aconteceu para a Microsoft ter descartado a possibilidade de tornar o sistema “um gigante”. Talvez a medida tenha surgido depois de se ter descoberto que era possível contornar o bloqueio de publicidade do YouTube com o user agente deste sistema, mas a realidade é que o Windows Phone ainda revela algumas surpresas.
Recentemente, Satya Nadella, CEO da Microsoft, afirmou que descontinuar o Windows Phone, e consequentemente, a saída da Microsoft do mercado de dispositivos móveis, foi uma das decisões mais difíceis de tomar em frente da empresa. Este afirmou ainda que poderiam ter sido criadas formas de contornar os problemas, para tornar o Windows Phone uma potencial alternativa aos gigantes da altura.
Mais recentemente, um dos ex-funcionários da Microsoft, Brandon Watson, que trabalhou diretamente nas divisões de desenvolvimento do Windows Phone até 2012, deixou mais detalhes do que levou ao “fim” do sistema. Na sua mensagem, Watson afirma que a Microsoft estava a criar uma batalha com as operadoras, onde estas é que controlavam praticamente os dispositivos que eram vendidos. O mesmo afirma que as operadoras tinham mais interesse em vender produtos da Samsung, Apple, LG e outras marcas populares na altura, do que propriamente dispositivos com o Windows Phone.
Esta falta de interesse das operadoras terá dificultado consideravelmente as vendas dos dispositivos para os consumidores, em parte porque estes eram aconselhados em muitos casos para “alternativas” das rivais. Um dos motivos também apontados seria a falta de aplicações na plataforma, que tornava difícil de incentivar o uso da mesma para uma grande camada de utilizadores.
Apesar de algumas das apps mais reconhecidas estarem presentes, os programadores ainda tinham um certo receio em criar as suas apps na plataforma, em parte devido à falta de retorno e ao uso bastante reduzido do sistema no mercado.
No final, a Microsoft ainda não saiu completamente do mercado de dispositivos móveis, tendo o Surface Duo ainda. No entanto, a sua era de criar um sistema operativo que pudesse fazer frente ao Android e iOS não foi algo que se tornou realidade.
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