A companhia que supervisiona a concessão de endereços de internet,
Icann, deve aprovar formalmente nesta sexta-feira (25) a criação do
sufixo .xxx para sites com conteúdo pornográfico, afirmaram
representantes da empresa nesta quinta-feira (24).
A Icann, que é controlada pelo governo dos Estados Unidos, vinha
resistindo à criação do sufixo. Por várias vezes nos últimos anos, a
empresa rejeitou um pedido da norte-americana ICM Registry de
autorização para distribuir endereços de sites com sufixo .xxx.
Mas membros do conselho da Icann vinham argumentando que, para manter a
neutralidade na concessão dos nomes de domínio, deveria ser criado o
.xxx, permitindo que sites com conteúdo sexualmente explícito
utilizassem o sufixo de maneira voluntária.
“Caso os resultados de nossa análise sejam positivos, então iremos
negociar contratos com a ICM (para o sufixo .xxx)”,
disse o
conselheiro-geral da Icann, John Jeffrey, a representantes do órgão em
reunião em Bruxelas nesta quinta-feira (24).
A pornografia on-line é uma indústria gigante. Segundo dados do grupo
de estudos Internet Pornography Statistics, mais de US$ 3 mil são gastos
com pornografia na internet a cada segundo, e a palavra “sex” (sexo, em
inglês) é o termo mais buscado no mundo, representando 25% de todas as
buscas na web.
Estima-se que existam cerca de 370 milhões de endereços pornográficos
na internet, o que significa que .xxx pode se tornar o sufixo mais usado
do mundo, talvez até superando o .com.
Alguns membros da indústria pornográfica, no entanto, são contrários à
utilização do .xxx, afirmando que o sufixo facilita a censura e pode
prejudicar os negócios. A direita religiosa norte-americana também é
contra a criação do sufixo por razões morais.
Fonte: g1.globo.com
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