Julian Assange, o fundador da WikiLeaks, saiu oficialmente da prisão onde se encontrava, depois de ter chegado a um acordo com as autoridades dos EUA. O ativista encontrava-se detido na prisão de segurança máxima Belmarsh, em Londres, com acusações de espionagem e depois de ter divulgado material de defesa nacional dos EUA.
Para a saída, Assange teve de se considerar culpado de violar a Lei de Espionagem dos EUA, além dos restantes crimes dos quais era associado.
Depois de se considerar culpado, este deverá receber uma sentença de 62 meses de prisão, que devem ser imediatamente cumpridas pelos mais de cinco anos que esteve na prisão do Reino Unido. Depois da audiência onde o mesmo será considerado culpado, espera-se que o ativista volte à Austrália.
De relembrar que, em 2010, a WikiLeaks revelou milhares de documentos militares confidencias dos EUA, entre os quais encontravam-se declarações controversas do mesmo sobre várias situações, como a guerra no Afeganistão e Iraque.
No total, mais de 700 mil foram divulgados, incluindo vários conteúdos secretos do governo, e outras informações sobre atividades realizadas na guerra. Assange viria a ser acusado pela divulgação destes documentos, por parte da entidade onde se encontrava na altura.
Este manteve-se refugiado na embaixada do Equador em Londres, sendo que apenas em 2019 foi efetivamente preso pelas autoridades sobre ações do Departamento de Justiça dos EUA.
Edward Fitzgerald, advogado de Assange, afirmava na altura que o mesmo estaria a ser acusado por realizar práticas jornalísticas normais e por revelar um caso, sendo que a ação contra o mesmo teria apenas motivações políticas.
Caso fosse declarado culpado de todas as acusações, Assange poderia passar mais de 170 anos na prisão.
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