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Facebook em smartphone

 

De tempos a tempos a Meta passa por algumas controvérsias associadas com as suas operações, e recentemente, uma ex-funcionária da plataforma veio divulgar alguns detalhes sobre atividades que estariam nas ideias da rede social.

 

Num relatório apresentado aos tribunais nos EUA, a whistleblower Sarah Wynn-Williams, segundo o portal The Washington Post, revelou alguns dos planos do Facebook. O relatório de 78 página, que foi apresentado às autoridades norte-americanas em Abril do ano passado, inclui detalhes de como a Meta pretendia desenvolver um sistema de censura que permitisse à plataforma funcionar na China.

 

Esta ferramenta iria dar controlos ao governo local para remover publicações que iriam contra as leis locais, e nomeadamente, iria permitir a censura de conteúdos da sua plataforma bem como o acesso a dados pessoais dos utilizadores chineses.

 

De relembrar que o Facebook encontra-se bloqueado na China desde 2009, em parte porque não permite o acesso aos dados dos utilizadores nem a censura de conteúdos pelo governo chinês. A ferramenta que estaria em desenvolvimento desde 2019 teria como propósito agradar ao governo local, e levar o mesmo a permitir o Facebook na região.

 

Wynn-Williams deixou ainda a indicação de que o Facebook tinha criado uma equipa em 2014 focado em tornar o Facebook apelativo para a China, e de forma a que o mesmo fosse dentro das regras das autoridades locais. O projeto estaria em desenvolvimento com o nome interno de “Aldrin”.

 

A empresa terá ainda criado equipas dedicadas de moderação dedicadas para remover os conteúdos da China, que pretendiam ir de encontro com as leis locais.

 

De acordo com um porta-voz da rede social, os interesses do Facebook em lançar a sua versão Chinesa não é propriamente uma novidade nem segredo, e Zuckerberg deixou publicamente a ideia que a rede social tinha descartado a criação desta plataforma em 2019.

 

Desde então, e ainda mais agora na administração de Trump, o Facebook tem vindo a tornar-se a favor da liberdade de expressão, e as ideias de permitir que conteúdo seja removido da sua plataforma vai agora contra os ideais da empresa.




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