A REDMI veio a público deitar um balde de água fria nas expectativas dos seus fãs, clarificando que não irá integrar o avançado chipset XRING O1 da Xiaomi nos seus dispositivos num futuro próximo. A notícia, divulgada pela reputada fonte Digital Chat Station, surge na sequência de declarações diretas de Wang Teng, Diretor-Geral de Marketing da Xiaomi na China e responsável máximo pela marca REDMI.
O custo da inovação dita a estratégia
No mês passado, Wang Teng já tinha sublinhado o enorme peso financeiro associado ao desenvolvimento do XRING O1, que terá rondado os 13,5 mil milhões de yuan, o equivalente a cerca de 1,7 mil milhões de euros. Este investimento colossal torna a sua adoção imediata simplesmente inviável para as linhas de produtos da REDMI, que se focam num público sensível ao preço.
Apesar de modelos como o K80 Extreme Edition continuarem a oferecer um desempenho de topo no seu segmento, a filosofia da REDMI assenta na entrega de valor a preços acessíveis. A integração de um componente premium com um custo tão elevado iria contra a identidade da marca. Nas palavras do próprio executivo, incorporar o XRING O1 nesta fase seria como equipar um carro familiar com o motor de um supercarro: tecnologicamente impressionante, mas completamente desalinhado com os objetivos da marca e as expectativas dos consumidores.
XRING O1: um monstro de potência que fica na prateleira
Para se ter uma ideia do que os utilizadores da REDMI irão perder, o chipset XRING O1 representa um salto tecnológico significativo. As suas especificações são de cortar a respiração:
- Processo de fabrico de última geração de 3nm
- 19 mil milhões de transístores num die compacto de 109mm²
- Arquitetura de CPU com dez núcleos e quatro clusters
- Dois núcleos de alto desempenho a operar até 3.9GHz
- Pontuações no AnTuTu que ultrapassam os 3 milhões
- Desempenho em single-core superior a 3.000 pontos
- Desempenho em multi-core acima dos 9.500 pontos
Estas características colocam o XRING O1 na vanguarda do processamento móvel.
Xiaomi guarda o melhor para si
Por agora, a Xiaomi já iniciou a produção em massa do seu novo processador, mas a sua implementação será faseada e focada nos seus próprios equipamentos de topo. Os primeiros a receber este "coração" de alta performance serão o smartphone Xiaomi 15S Pro e o tablet Xiaomi Pad 7 Ultra. Esta abordagem permite à Xiaomi avaliar o desempenho em condições reais e otimizar a produção antes de considerar uma expansão para uma gama mais vasta de produtos.
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