A Microsoft tem vindo a promover intensamente a utilização do Copilot tanto em ambientes pessoais como empresariais, mas parece que a sua estratégia de marketing não tem sido totalmente consensual. A National Advertising Division (NAD), uma entidade fiscalizadora da publicidade nos EUA, teceu recentemente críticas a algumas das práticas da gigante tecnológica na promoção da sua ferramenta de inteligência artificial.
Funcionalidades base cumprem, mas nem tudo é um mar de rosas
Numa publicação recente no seu blog oficial, notada pelo The Verge, a NAD reconhece que o Copilot possui, de facto, as funcionalidades que a Microsoft anuncia para os casos de uso empresarial. Capacidades como o resumo de conteúdos, a geração de texto e a criação de esboços para apresentações de PowerPoint foram validadas. Embora existam algumas limitações, a NAD considera-as menores e entende que a sua não divulgação não afeta significativamente a forma como a maioria dos clientes utiliza o serviço.
A confusão entre Copilot e Business Chat
No entanto, o regulador encontrou problemas na forma como a Microsoft comunica as funcionalidades do antigo "Business Chat" (agora parte integrante do Copilot para Microsoft 365). A NAD acredita que o uso universal e intercambiável do nome "Copilot" tanto para o assistente geral como para esta funcionalidade mais específica pode gerar confusão entre os utilizadores. Por exemplo, a entidade argumenta que, enquanto o Copilot é rápido a gerar documentos noutras aplicações de forma fluida, o mesmo não acontece com as funcionalidades de chat empresarial, que exigem mais passos manuais. Esta distinção, segundo a NAD, não está suficientemente clara na publicidade presente no site da Microsoft.
Promessas de produtividade debaixo de fogo
Outro ponto de discórdia prende-se com as alegações de aumento de produtividade e retorno sobre o investimento (ROI). A NAD aconselhou a Microsoft a abandonar estas promessas. Embora a empresa de Redmond tenha estudos que suportam estas afirmações, o regulador considera que os dados não se enquadram devidamente como provas para alegações tão objetivas.
Curiosamente, até um estudo recente do governo do Reino Unido, que concluiu que os participantes pouparam em média 26 minutos por dia com o Copilot, não foi considerado suficiente para satisfazer os critérios da NAD.
Perante estas recomendações, a Microsoft já respondeu. Embora afirme discordar de algumas das conclusões da entidade fiscalizadora, a empresa comprometeu-se a efetuar alterações nas suas mensagens publicitárias para cumprir com o que foi aconselhado pela NAD.
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