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Slate Auto

 

A promessa de um camião elétrico modular por menos de 20.000 dólares parecia demasiado boa para ser verdade e, agora, tornou-se oficialmente impossível. A Slate Auto, a nova fabricante de veículos elétricos que conta com o apoio de Jeff Bezos, viu o seu principal argumento de venda desmoronar-se após uma mudança na legislação dos EUA que elimina um crucial incentivo fiscal.

 

O fim do incentivo que mudou o mercado

 

O golpe para os planos da Slate Auto, e para muitos potenciais compradores de veículos elétricos nos EUA, chegou sob a forma de uma nova lei de despesa, apelidada de "Big Beautiful Bill", assinada no início de julho pelo Presidente Donald Trump. Esta legislação põe um ponto final abrupto ao crédito fiscal federal de 7.500 dólares que impulsionou a adoção de veículos elétricos no país e foi fundamental para o crescimento de gigantes como a Tesla e a Rivian.

 

O incentivo deixará de ser aplicado a partir de setembro de 2025. Com a produção do seu camião elétrico prevista apenas para 2026, a Slate Auto fica impossibilitada de beneficiar desta ajuda, o que força a uma alteração radical na sua estratégia de preços.

 

Um dilema de custos para a Slate Auto

 

A reação da empresa foi imediata. Todas as referências ao preço "abaixo de 20.000 dólares após incentivos" desapareceram do seu website oficial. Em seu lugar, surge uma estimativa bem mais conservadora: "Preço esperado: Meio da casa dos vintes".

 

Isto significa que o preço, que deveria rondar os 27.500 dólares (cerca de 25.500 euros) e que baixaria para menos de 20.000 dólares (aproximadamente 18.500 euros) com o crédito, passa a ter como ponto de partida um valor na ordem dos 25.000 a 27.500 dólares. O aumento efetivo para o consumidor final é de, pelo menos, 7.500 dólares, o equivalente a quase 7.000 euros.

 

Sem margem para mais cortes

 

Atingir um preço competitivo já era um desafio para a Slate Auto, que optou por uma abordagem minimalista para o seu veículo. A empresa terá agora dificuldades em encontrar formas de absorver este custo adicional. As especificações do modelo base já eram bastante modestas, o que limita a margem para mais poupanças:

 

  • Bateria: O pack de entrada com 52,7 kWh oferece uma autonomia de apenas 150 milhas (cerca de 241 quilómetros).
  • Carregamento: A velocidade máxima de carregamento é de 120 kW, um valor pouco impressionante face à concorrência.

  • Interior: Para cortar custos, o veículo não possui um ecrã central de infoentretenimento.

 

Apesar destes reveses, a proposta de um camião elétrico modular, que pode ser transformado num SUV de duas portas, captou a atenção do público. A startup afirma ter acumulado mais de 100.000 reservas em apenas duas semanas. A grande questão que agora se coloca é quantas destas manifestações de interesse se irão traduzir em compras efetivas, agora que o fator preço, o seu maior atrativo, foi significativamente alterado.




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