O movimento "Stop Killing Games", que tem vindo a lutar pela proteção da propriedade dos videojogos, alcançou uma vitória significativa. A iniciativa, que ganhou força através de uma Petição de Cidadania da União Europeia, recebeu o seu primeiro grande apoio dentro do Parlamento Europeu, assinalando um passo crucial na sua missão.
Um Vice-Presidente do Parlamento Europeu junta-se à causa
A campanha, que recentemente ultrapassou a marca de um milhão de assinaturas necessárias para ser formalmente considerada, obteve o apoio público de Nicolae Ștefănuță, Vice-Presidente do Parlamento Europeu e eurodeputado romeno pelo grupo Verdes/ALE. Numa publicação recente, o político manifestou o seu total apoio.
Conforme partilhado na conta oficial do Stop Killing Games no X, Ștefănuță afirmou: "Estou com as pessoas que iniciaram esta iniciativa de cidadania. Eu assinei e continuarei a ajudá-los. Um jogo, uma vez vendido, pertence ao cliente, não à empresa."
O político acrescentou que não só assinou a petição, como também incentivou outros cidadãos da UE a fazerem o mesmo. Até à data, a petição já conta com mais de 1.358.605 assinaturas, superando em mais de 35% o objetivo inicial, bem antes do prazo final de 31 de julho.
O que defende o movimento e qual a estratégia?
O principal objetivo do "Stop Killing Games" é obrigar as editoras e produtoras de videojogos a garantir que os jogos permaneçam num estado jogável, mesmo depois de o suporte oficial terminar por se tornar insustentável. Na prática, isto poderia significar, por exemplo, desenhar jogos multijogador de forma a permitir a sua operação através de servidores privados mantidos pela comunidade.
Ross Scott, do canal de YouTube Accursed Farms e uma das principais vozes do movimento, já tinha explicado a razão de focar os esforços na União Europeia. A UE tem um longo historial na aprovação de leis que protegem o consumidor, e a questão dos videojogos poderia ser vista como uma "vitória fácil" para os políticos, gerando um apoio considerável por parte da comunidade de jogadores com um esforço legislativo relativamente contido.
Este apoio do Vice-Presidente do Parlamento Europeu é apenas um dos primeiros passos, mas o reconhecimento oficial por parte de uma figura política proeminente é um sinal extremamente positivo para o futuro da campanha. Espera-se que este gesto ajude o movimento a ganhar mais tração quando a petição for discutida pelos restantes decisores políticos da União Europeia.
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