
Para as gerações mais novas, pode parecer algo saído de um museu tecnológico. Mas para muitos utilizadores mais experientes, o som estridente de um modem a ligar-se à internet foi a banda sonora da entrada no mundo digital. A internet dial-up, ou discada, com a sua velocidade limitada e dependência da linha telefónica, está prestes a tornar-se oficialmente uma relíquia, com a AOL a anunciar o fim definitivo do serviço.
A America Online (AOL) confirmou que irá descontinuar o seu serviço de internet dial-up a partir do dia 30 de setembro de 2025. Esta decisão marca o fim de uma era para a empresa, que foi uma das pioneiras no acesso à web para milhões de pessoas em todo o mundo.
O som e a lentidão que nos ligavam ao mundo
A experiência da internet dial-up era única. Exigia paciência, com velocidades que, num dia bom, atingiam os 56kbps – uma fração ínfima das ligações atuais. Ocupar a linha telefónica para navegar na internet era uma realidade, o que obrigava a uma gestão cuidada para não ter surpresas desagradáveis na conta do telefone no final do mês. Apesar das limitações, foi esta a tecnologia que abriu as portas da web para muitos.
Juntamente com o serviço de ligação, a AOL vai também descontinuar duas das suas aplicações associadas: o marcador "AOL Dialer" e o navegador "AOL Shield Browser". Este último, baseado no Chromium, oferecia funcionalidades de segurança próprias e estava otimizado para funcionar em sistemas operativos mais antigos e com ligações à internet mais lentas.
Um adeus inevitável na era da banda larga e do 5G
Embora a AOL não tenha detalhado os motivos específicos para o encerramento, a decisão é vista como uma consequência natural da evolução tecnológica. A informação foi publicada na página de ajuda da empresa, onde se confirma o fim dos planos e das aplicações associadas.
Numa altura em que a banda larga por fibra, o 5G e até a internet via satélite, como a Starlink, se tornaram mais acessíveis e dominantes, a procura por um serviço dial-up diminuiu drasticamente. Para os poucos utilizadores que ainda dependiam deste serviço, o fim anunciado obriga a uma migração forçada para tecnologias mais modernas e, no caso dos utilizadores do AOL Shield Browser, à escolha de um novo navegador para continuar a explorar o mundo online.










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