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Xbox consola

A festa durou pouco nos escritórios da Microsoft. O recente anúncio de um aumento de preço de até 50% na subscrição do Xbox Game Pass gerou uma onda de descontentamento que se transformou numa debandada de utilizadores. O plano mais cobiçado, o Game Pass Ultimate, viu o seu preço saltar de 17,99 euros para uns expressivos 24,99 euros mensais, uma subida que apanhou a comunidade de surpresa.

A resposta dos jogadores não se fez esperar. As pesquisas no Google sobre como "cancelar a subscrição do Game Pass" dispararam, e os relatos de dificuldades em aceder à página de cancelamento da Microsoft sugerem que o tráfego foi mais do que muito. Mesmo com a existência de planos mais económicos, as novas condições tornam-nos menos apelativos, com menos jogos e sem acesso aos grandes lançamentos da Xbox no dia de estreia.

A justificação da Microsoft: mais valor para um preço mais alto

Perante a polémica, a Microsoft veio a público defender a sua decisão. Dustin Blackwell, diretor de comunicações de jogos e plataformas da empresa, afirmou numa entrevista ao The Verge que esta não foi uma medida tomada de ânimo leve.

"Compreendemos que os aumentos de preços nunca são agradáveis para ninguém, mas estamos a tentar reforçar esta medida, adicionando mais valor a estes planos", explicou Blackwell. O executivo sublinhou que a oferta de valor foi reforçada, com acesso a mais de 75 lançamentos no primeiro dia de cada ano, o que representa "um aumento de 50% em relação aos títulos que oferecemos no primeiro dia no ano passado".

Blackwell mencionou ainda outros benefícios, como a inclusão do Ubisoft+ Classics e do Fortnite Crew, para justificar o novo preço. No entanto, a questão que muitos jogadores colocam é se estes extras são suficientes para compensar um aumento tão significativo e abrupto.

A estratégia do "sapo na panela": porque a Microsoft falhou onde a Netflix acertou

A fúria dos utilizadores parece estar ligada não apenas ao aumento, mas à forma como foi implementado. Ao contrário de outras gigantes do streaming e subscrições, a Microsoft optou por uma subida drástica e imediata, uma estratégia que pode ser comparada à fábula da rã em água a ferver: em vez de aumentar a temperatura gradualmente, atirou os seus clientes diretamente para a panela.

Esta abordagem contrasta com a da Netflix, que ao longo de uma década duplicou os seus preços através de pequenos incrementos anuais. Em 2015, o plano premium em Espanha custava 11,99 euros; em 2025, custa 19,99 euros. Esta subida gradual permitiu que os utilizadores se adaptassem, evitando choques e cancelamentos em massa.

A Microsoft enfrenta agora o desafio de reconquistar a confiança de uma comunidade que se sente desrespeitada. Resta saber se o valor acrescentado será suficiente para estancar a "sangria" de subscritores ou se a gigante tecnológica terá de repensar a sua estratégia de preços para o futuro dos videojogos.




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