
O fim de uma era está à porta. O suporte para o Windows 10 termina oficialmente dentro de uma semana, com a última atualização do “Patch Tuesday” agendada para o próximo dia 14 de outubro de 2025. Embora tanto os utilizadores domésticos como as empresas tenham a opção de prolongar a vida do sistema operativo através do programa de Atualizações de Segurança Alargadas (ESU), a última atualização oficial pode trazer uma dor de cabeça inesperada.
O fim de uma era para o Windows 10
A Microsoft vai cumprir o seu calendário e, na próxima terça-feira, lançará o derradeiro pacote de atualizações para o Windows 10. Após essa data, o sistema operativo deixará de receber correções de bugs, melhorias de funcionalidades ou suporte técnico gratuito. Para quem quiser manter-se seguro, a única opção será aderir ao programa ESU, que garante mais um ano de atualizações de segurança para utilizadores domésticos e três anos para clientes empresariais.
No entanto, o diabo está nos detalhes. O programa ESU cobre apenas falhas de segurança, não os bugs de funcionamento que possam surgir.
O perigo da última terça-feira
As atualizações do “Patch Tuesday” são conhecidas por, ocasionalmente, introduzirem novos problemas nos sistemas operativos da Microsoft. Ainda recentemente, entre agosto e setembro de 2025, a empresa teve de corrigir três bugs no Windows 10 22H2, relacionados com pedidos inesperados do Controlo de Conta de Utilizador (UAC), problemas de desempenho em streaming NDI e falhas nas operações de reposição do sistema.
O grande problema é que, se a atualização de 14 de outubro introduzir novos bugs, a Microsoft não terá qualquer obrigação de os corrigir, uma vez que o suporte oficial terá terminado. Mesmo para quem pagar pela subscrição ESU, a situação não muda. A Microsoft é clara quanto a isso:
"O programa ESU ajuda a reduzir o risco de malware e ataques de cibersegurança, fornecendo acesso a atualizações de segurança críticas e importantes [...]. A inscrição no ESU não fornece outros tipos de correções, melhorias de funcionalidades ou melhorias do produto. Também não inclui suporte técnico."
Isto significa que, se o seu PC começar a apresentar um comportamento estranho após a última atualização, estará essencialmente por sua conta e risco.
Ficar, atualizar ou arriscar? As opções em cima da mesa
Perante este cenário, os utilizadores que ainda se mantêm fiéis ao Windows 10 ficam com três opções, nenhuma delas ideal:
Atualizar para um sistema operativo mais recente, como o Windows 11.
Esperar que a comunidade ou terceiros desenvolvam correções não oficiais para os problemas.
Aprender a viver com os bugs que possam surgir.
Considerando que o Windows 10 ainda corre em centenas de milhões de computadores com as mais diversas configurações de hardware, a probabilidade de a última atualização causar problemas em alguns sistemas não é nula. Embora seja pouco provável que a Microsoft o faça de propósito para forçar a migração, o risco é real. Em caso de uma falha muito grave e generalizada, a empresa poderá, excecionalmente, lançar uma correção, mas não conte com isso. O melhor mesmo é ter cautela ao instalar a última atualização na próxima semana.











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