
A Apple removeu mais uma aplicação da sua App Store dedicada a monitorizar a atividade dos serviços de imigração e alfândega dos EUA (ICE). Desta vez, a visada foi a "Eyes Up", uma plataforma cujo principal objetivo era arquivar vídeos de rusgas e detenções, tornando-os acessíveis num mapa interativo. Esta medida surge pouco tempo depois da remoção de uma outra aplicação semelhante, a ICEBlock, que fornecia alertas em tempo real sobre a localização dos agentes.
A "Eyes Up", que continua disponível na web e na Google Play Store, permitia aos utilizadores submeter os seus próprios vídeos, que eram depois catalogados e georreferenciados. O objetivo, segundo os seus administradores, era promover a "responsabilização governamental" e criar um arquivo que pudesse ser útil em tribunal, especialmente em casos de possível má conduta por parte dos agentes. "Nem sequer fazemos acompanhamento em tempo real", explicou um administrador ao 404 Media.
A justificação da Apple e um cerco cada vez mais apertado
Segundo a Apple, a remoção da "Eyes Up" deveu-se a uma violação da sua política de "conteúdo censurável". A empresa de Cupertino afirmou ter recebido informações das autoridades de que a aplicação estaria a ser usada "para fornecer informações de localização sobre agentes da autoridade que podem ser usadas para os prejudicar individualmente ou em grupo".
Esta justificação é semelhante à utilizada para banir a ICEBlock. Nesse caso, a remoção terá sido motivada por um pedido direto da Procuradora-Geral Pam Bondi, de acordo com a Fox Business. O facto de a "Eyes Up" ter sido igualmente removida, apesar de não se focar em alertas em tempo real, sugere que a Apple está a alargar os critérios para proibir este tipo de aplicações.
Esta não é uma tendência exclusiva da Apple. A Google também tem vindo a remover aplicações semelhantes da sua loja, como a "Red Dot", justificando que partilhavam a localização de um "grupo vulnerável", numa decisão que continua a gerar controvérsia.











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