
A Waymo, conhecida pela sua frota de veículos que prometem transportar passageiros de forma totalmente autónoma, anunciou a sua expansão para a Europa. A chegada está mais iminente do que se poderia pensar, mas, para já, a estreia no velho continente vem com um pequeno truque.
Olá, Londres!
A capital do Reino Unido será a primeira cidade europeia a receber os carros autónomos da Waymo. A empresa confirmou que os seus veículos, equipados com um arsenal de sensores e câmaras, começarão a circular nas ruas de Londres já "nas próximas semanas".
No entanto, há um detalhe importante: numa fase inicial, os carros não serão 100% autónomos. Cada veículo terá um piloto humano para supervisionar a condução e garantir que tudo corre como esperado. A confirmação foi feita pela própria empresa numa publicação no seu blogue oficial, onde detalhou os planos para a sua chegada à Europa.
Burocracia primeiro, autonomia depois
O objetivo final da Waymo é, claro, eliminar a necessidade de condutores. Contudo, para chegar a esse ponto, a empresa precisa primeiro de navegar pela complexa teia de procedimentos burocráticos com o governo do Reino Unido e as suas entidades reguladoras. Esta fase inicial, com supervisão humana, serve precisamente para recolher dados e demonstrar a segurança do sistema nas condições de trânsito londrinas.
A escolha de Londres para este passo inicial pode ser estratégica, permitindo à Waymo evitar, por agora, um confronto direto com as regulamentações da União Europeia, que poderão ser mais complexas de navegar.
E o resto de Portugal e da Europa?
Por enquanto, não há qualquer menção à expansão do serviço para outros países europeus, incluindo Portugal. Para que os táxis 100% autónomos se tornem uma realidade noutras cidades, será necessário que a legislação local seja adaptada, ou que a própria União Europeia crie uma abertura regulamentar clara para este tipo de transporte.
O exemplo dos Estados Unidos mostra que o caminho pode ser longo. Apesar de ser um mercado mais aberto a tecnologias emergentes, a Waymo opera apenas em cinco cidades (São Francisco, Los Angeles e Austin são algumas delas), com restrições que variam de estado para estado. A tecnologia existe, mas a sua implementação em larga escala depende, invariavelmente, da adaptação dos legisladores a esta nova realidade sem condutores ao volante.











Nenhum comentário
Seja o primeiro!