A batalha jurídica entre a xAI, de Elon Musk, e a gigante de Cupertino continua a ganhar novos contornos. Documentos recentes do tribunal revelam que Musk está à procura de informações junto de uma entidade misteriosa na Coreia do Sul, enquanto a defesa ganha um pouco mais de tempo para respirar.
Este desenvolvimento surge poucas semanas após o juiz distrital dos EUA, Mark Pittman, ter rejeitado o pedido da Apple e da OpenAI para arquivar o processo, indicando que necessita de analisar mais provas antes de tomar uma decisão definitiva, segundo avança o 9to5Mac.
Adiamento de prazos e o cerne da discórdia
O conflito teve início quando Elon Musk decidiu processar a Apple após o seu chatbot, o Grok, não ter conseguido alcançar o topo da App Store, mesmo após uma atualização que trazia novas funcionalidades. O magnata alega que a parceria estratégica entre a fabricante do iPhone e a OpenAI torna impossível para outras empresas de Inteligência Artificial competirem de forma justa na loja de aplicações — uma acusação que a Apple refutou prontamente.
Após a tentativa falhada de arquivamento inicial, onde o juiz solicitou documentos adicionais, tanto a Apple como a OpenAI solicitaram mais tempo para apresentar a sua resposta. Como é prática comum nestes trâmites, o tribunal aceitou o pedido, estendendo o prazo até ao dia 11 de dezembro.
A misteriosa ligação sul-coreana
O detalhe mais intrigante dos últimos dias prende-se com uma aprovação do tribunal a um pedido da xAI para obter provas de uma entidade na Coreia do Sul, através de uma ordem de assistência judicial internacional, ao abrigo da Convenção de Haia.
Embora a identidade desta entidade não tenha sido revelada nos documentos públicos, a especulação é inevitável. As hipóteses recaem sobre gigantes tecnológicos como a Samsung ou a SK Hynix, ambas fornecedoras cruciais de infraestrutura e componentes para o setor da IA. Outra possibilidade forte é a Kakao, que recentemente estabeleceu uma parceria com a OpenAI para integrar o ChatGPT diretamente na sua "super app" KakaoTalk, utilizada por mais de 90% da população local.
Independentemente de quem seja o alvo deste pedido de provas, é certo que alguém na Coreia do Sul está prestes a ser arrastado para este complexo litígio nos Estados Unidos. Resta agora aguardar pelo dia 11 de dezembro para conhecer os próximos argumentos da defesa.
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