
O Darktable continua a consolidar a sua posição como uma das principais referências no mundo do software open-source para edição de fotografia RAW. A equipa de desenvolvimento acaba de lançar a versão 5.4, trazendo um conjunto de ferramentas refinadas que prometem melhorar o fluxo de trabalho dos fotógrafos e a qualidade final das imagens.
Uma das grandes novidades desta atualização reside no módulo de "demosaic", que agora inclui uma nova secção dedicada à nitidez de captura. Esta funcionalidade foi desenhada para recuperar os detalhes da imagem que são frequentemente suavizados pelos próprios processos internos das câmaras, como a difração ou o uso de filtros anti-aliasing. O objetivo é oferecer uma imagem base mais nítida antes de se iniciarem as edições criativas.
Para quem procura aquele aspeto cinematográfico ou analógico nas suas fotos, o Darktable 5.4 introduz um novo módulo de mapeamento de tons (tone mapping), baseado na transformação de visualização AgX do conhecido software de modelação 3D, Blender.
Maior controlo sobre a exposição e cor
Este novo módulo de mapeamento de tons destaca-se por oferecer controlos extensivos ao utilizador. É possível ajustar diretamente os pontos de branco e preto da exposição, bem como definir um ponto de articulação (pivot point) personalizado na curva de tons, que vem predefinido para o cinzento médio a 18%.
Os fotógrafos podem agora realizar ajustes de contraste em torno deste ponto, com barras deslizantes separadas para o contraste das sombras e das luzes. O resultado final, segundo a equipa, é uma reprodução de cor que proporciona uma dessaturação gradual nas luzes altas e uma aparência natural nos tons médios, imitando a resposta da película tradicional.
Espaços de trabalho isolados e melhorias no Linux
A organização é fundamental na gestão de bibliotecas de fotos, e a versão 5.4 responde a essa necessidade com o suporte para múltiplos espaços de trabalho (workspaces). Esta funcionalidade permite aos utilizadores criar ambientes isolados, cada um com as suas próprias configurações e bases de dados independentes. Existe ainda uma opção de memória volátil (in-memory) para trabalhos temporários que não requerem armazenamento persistente na base de dados principal.
Para os utilizadores do sistema operativo Linux, a atualização traz melhorias significativas na compatibilidade com o protocolo Wayland, garantindo uma experiência mais estável e fluida. A par destas grandes adições, o software recebeu também vários ajustes na interface do utilizador, melhorias de desempenho e as habituais correções de erros, conforme detalhado na nota de lançamento oficial da Darktable.










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