
É, muito provavelmente, uma das janelas mais icónicas e inalteradas de todo o ecossistema Windows, mas a Microsoft parece estar finalmente pronta para lhe dar a atenção que merece. A famosa caixa de diálogo "Executar" (Run), que tem servido os utilizadores desde os tempos do Windows 95, está prestes a receber uma remodelação visual significativa para se alinhar com a estética moderna do sistema operativo.
Após décadas com um design utilitário e cinzento, a gigante tecnológica está a testar uma nova interface que não só moderniza as linhas da janela, como também introduz o muito aguardado suporte para o Modo Escuro. A novidade foi descoberta nas mais recentes versões de teste (preview builds) do Windows 11, conforme revelado pelo utilizador Phantomofearth no X.
Um visual moderno para um clássico
A nova janela "Executar" abandona o aspeto legado que a caracterizava há mais de 30 anos, adotando um estilo que se assemelha mais a um "launcher" moderno. Apesar da mudança visual drástica, a funcionalidade permanece fiel às suas raízes, garantindo que a memória muscular dos utilizadores mais experientes não é afetada.
Comandos clássicos como "mspaint" para abrir o Paint, "calc" para a calculadora ou "dxdiag" para a ferramenta de diagnóstico do DirectX continuam a funcionar exatamente da mesma forma. A diferença é que agora o fazem numa interface que respeita a linguagem de design Fluent da Microsoft, com cantos arredondados, transparências subtis e ícones atualizados.

Embora a Microsoft ainda não tenha anunciado oficialmente esta alteração, a sua presença nas builds de teste sugere que a implementação global poderá ocorrer nas próximas semanas.
Opções de personalização e concorrência
Para os puristas que possam não apreciar esta modernização, a Microsoft parece ter acautelado uma opção de "recuo". Segundo as informações divulgadas, será possível ativar ou desativar este novo design através das definições avançadas do sistema no Windows 11, permitindo que cada utilizador escolha a experiência que prefere.
Esta atualização surge num momento interessante, pouco tempo após o lançamento do Raycast para Windows, uma ferramenta poderosa que oferece funcionalidades avançadas de launcher, gestão de áreas de transferência e atalhos. É possível que a pressão de ferramentas de terceiros, bem como o próprio trabalho da Microsoft no PowerToys Run e na Command Palette, esteja a incentivar a empresa a modernizar finalmente um dos componentes mais antigos e essenciais do seu sistema operativo.