Os números fazem parte do relatório da IFPI sobre o mercado da música digital em 2011 e foram apresentados esta manhã em conferência telefónica.
Frances Moore, presidente executiva da IFPI, apontou a França e a Coreia do Sul como casos de sucesso, mas referiu ainda que a União Europeia se mantém parada na criação de novas leis e medidas de combate à pirataria na Internet.
No extremo oposto aos países considerados exemplares, o Relatório aponta o mercado espanhol, que lidera atualmente a taxa de pirataria no mundo.
Frances Moore considera que o fracasso do combate à pirataria no pais vizinho tem uma origem jurídica e legal: "Em Espanha nada foi feito durante anos e anos. E não havia leis. Por isso se chegou a este estado".
Representantes das editoras Universal e Sony aproveitaram ainda a conferência para defender que a necessidade de re-estruturar as editoras, que é referida há muito por alguns especialistas, mais não será mais que "um eufemismo para o despedimento de pessoas" que trabalham na indústria da música.
Segundo a IFPI e as maiores editoras, já não existem desculpas para consumir pirataria: hoje, a venda de músicas em suporte eletrónico totaliza mais de 3,42 mil milhões de euros e há mais de 400 lojas especializadas na Internet.
A lógica de cloud computing, os pacotes comerciais e ainda os acordos com os servidores de acesso à Net (ISP) são as principais apostas para a recuperação da indústria musical.
Eis alguns números apresentados pelo relatório da IFPI: em 2010, as vendas de música on-line cresceram seis por cento; entre 2004 e 2010 as vendas de música na Net cresceram 1000 por cento; até 2015, deverão ser extintos 1,2 milhões de postos de trabalho nas indústrias criativas, devido aos efeitos da pirataria; atualmente há mais de 13 milhões de faixas de música à venda legalmente na Internet.
Exame Informatica
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