Em meados de 2014, a Microsoft começou a testar um novo sistema de testes para os consumidores, que iria permitir o acesso a versões em desenvolvimento do Windows para quem pretendesse ter todas as novidades em primeira mão. Este projeto veio mais tarde a ser conhecido como “Windows Insider” e ainda se mantêm nos dias de hoje.
No entanto, as ideias da Microsoft para algo de teste disponível para utilizadores finais era algo que já tinha surgido no passado. Na verdade, tinha começado a ser testado em meados de 1999.
Numa altura em que o Windows 95 e 98 ainda eram os sistemas da Microsoft mais populares, a empresa tinha também começado a testar um novo sistema de testes apelidado de “Windows Neptune”.
De acordo com o utilizador Albacore, este sistema permitia aos consumidores dentro do programa de testes terem acesso às mais recentes versões do Windows ainda em desenvolvimento, sem que tivessem de reformatar todo o sistema para ter acesso às novidades. Na altura, este sistema começou a ser utilizado para testes dentro do Windows 2000 e ME, mas não chegou a ser adotado em larga escala.
Na verdade, as únicas versões deste sistema começaram apenas este ano a ser reveladas, quase 20 anos depois de terem sido inicialmente criadas pela Microsoft, o que é certamente uma raridade. Não existem dúvidas que a Microsoft tinha o seu próprio plano de testes e desenvolvimento interno para o Windows, mas esta é a primeira vez que um sistema deste género surge publicamente.
Os utilizadores poderiam receber atualizações sobre novas versões a partir do Windows Update ou diretamente por Cds distribuídos pela Microsoft, que continham as versões mais recentes com todas as atualizações e novidades. Obviamente, tal como se encontra atualmente no programa Insider, esta versão do Windows continha vários bugs e estava em constante desenvolvimento, pelo que muitas funcionalidades poderiam surgir ou desaparecer a qualquer momento.
A Microsoft ainda viria a disponibilizar versões “Developer” e “Preview” dos seus sistemas antes da chegada das versões finais para os consumidores, mas estas eram consideravelmente mais avançadas que as versões em testes – e apesar de terem bugs, eram praticamente idênticas ao que iria ser verificado nas versões finais para consumidores.
O Windows Neptune viria a ser adotado apenas para alguns utilizadores e programadores seleccionados, a grande maioria com relações diretas à Microsoft. Apenas em 2014 é que a empresa começou seriamente a investir em fornecer versões de testes aos utilizadores e acompanhar o desenvolvimento dos sistemas com os mesmos. Agora, apenas 20 anos depois de ter sido utilizado é que começam a surgir as primeiras imagens do sistema.
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