Depois de o Github ter removido a popular aplicação do YouTube-DL, no seguimento de um pedido de DMCA efetuado contra a mesma, vários utilizadores na plataforma começaram a reenviar o repertório para as suas contas como forma de protesto.
Em poucas horas depois de o conteúdo ter sido removido, existiam centenas de copias do YouTube-DL disponíveis na plataforma. Este pedido de remoção de conteúdo foi realizado sobre DMCA da Recording Industry Association of America, Inc. (RIAA) no dia 23 de Outubro.
No entanto, o Github parece não estar com meias-medidas contra quem ainda esteja a usar a plataforma para reenviar o conteúdo eliminado. E podem existir penalizações para os utilizadores que o façam.
De acordo com o portal TorrentFreak, o consultor jurídico do GitHub Jesse Geraci atualizou a informação de DMCA do site, de forma a informar quem reenvie o mesmo conteúdo reportado inicialmente para a plataforma encontra-se a violar os termos do Github respeitantes aos pedidos de DMCA, o que pode levar a que as contas sejam banidas do serviço.
Apesar de o alerta não referir exatamente o caso do YouTube-dl, será claro que o alerta encontra-se destinado a todos os utilizadores que estão a enviar este conteúdo para o serviço. Além disso, existe pouco que o Github possa realizar sobre o caso, sendo que a empresa apenas se encontra a seguir o estipulado nos termos de um pedido DMCA.
Além disso, o próprio CEO do GitHub, Nat Friedman, já afirmou publicamente que se encontra a estudar formas de ajudar o projeto a voltar a ficar disponível, já que este é uma ferramenta útil que pode ser usada por centenas de jornalistas e seguidores da liberdade de expressão.
Friedman chegou mesmo a entrar no IRC do projeto do YouTube-DL para ajudar a equipa por detrás do mesmo a colocar o projeto novamente online, com dicas como remover o código associado com os métodos para contornar a encriptação do YouTube.
No entanto, é também importante referir que todos estes problemas poderiam ter sido evitados caso o GitHub não seguisse as normas da DMCA, tendo em conta que o projeto apenas foi removido por a RIAA alegar que o mesmo é usado para downloads de conteúdos protegidos por direitos de autor – algo que não será inteiramente verdade.
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