A Amazon encontra-se a receber uma nova acusação formal da União Europeia sobre as alegações que a empresa terá usado dados abusivamente para competir com entidades terceiras.
De acordo com as autoridades, a Amazon terá usado os dados de vendedores terceiros, sem autorização, para criar produtos similares que foram depois fornecidos aos utilizadores como alternativas, sobretudo em mercados como a França e Alemanha.
A Amazon pode ser uma das maiores plataformas de vendas online, mas na sua base é desenvolvida por vários revendedores de produtos que usam a gestão e distribuição da Amazon para fazer chegar os seus produtos aos clientes. A alegação contra a Amazon refere que a empresa terá aproveitado a informação privilegiada das vendas para analisar os interesses dos consumidores, criando em seguida produtos próprios para o mercado.
Estas acusações são até mesmo proferidas por várias entidades que trabalham diretamente com a empresa, bem como por antigos funcionários da marca que confirmam os planos da gigante de distribuição.
Em resposta às acusações, a Amazon refere que o uso dos dados de vendas de terceiros neste formato é uma violação das politicas da empresa, e que é normal vários revendedores e empresas terem os seus próprios produtos de “marca branca” – e que não são uma competição direta contra nomes de produtos mais conhecidos.
No entanto, as autoridades determinaram que a empresa terá aproveitado a sua posição para analisar quais os produtos que estavam a ser mais vendidos no mercado, com base nas vendas feitas pelas empresas na plataforma, e a partir dai criarem os seus próprios produtos de marca branca.
Em comunicado, um porta-voz da Amazon refere que as acusações das autoridades europeias não possuem fundamento e que a empresa vai fazer todos os possíveis para demonstrar os factos.
Este género de casos por vezes podem demorar anos a serem analisados na sua totalidade, e caberá agora aos tribunais analisarem o mesmo antes de ser fornecida uma decisão final.
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