Não é difícil de imaginar que desenvolver um sistema operativo não será propriamente uma tarefa simples de se realizar. O Windows é atualmente um dos sistemas mais usados a nível mundial, mas tornar o sistema naquilo que ele é não será uma tarefa fácil de ser feita.
Para se ter uma ideia da dimensão do sistema operativo, um programador da Microsoft recentemente deixou uma curiosidade sobre o código do sistema operativo, que demonstram a complexidade para manter o mesmo atualizado e a funcionar corretamente entre todas as partes.
Em resposta a um utilizador do Quora, o programador da Microsoft Axel Rietschin, revelou alguns detalhes sobre o desenvolvimento – apesar deste programador ser associado com o kernel do Windows, ainda assim as informações partilhadas alargam-se para várias áreas do sistema operativo.
Respondendo à questão de um utilizador, que questionou qual a linguagem de programação usada para desenvolver o Windows 10, Axel Rietschin respondeu que a maior parte do kernel do Windows encontra-se desenvolvido em linguagem C. Este indica mesmo que, a partir do Github, é possível encontrar copias de kernels antigos do sistema operativo que demonstram a complexidade do código fonte do kernel – embora estas versões sejam originárias de leaks e dados bastante desatualizados, nada que seja usado em sistemas mais recentes.
Também muitas das aplicações e drivers que formam o sistema operativo como um todo são desenvolvidas em linguagem C, com variantes também do C++. No entanto, uma vasta lista de outras linguagens são usadas em diferentes partes do sistema – como é o caso de C#, JavaScript, TypeScript, VB.NET e C++.
O programador também demonstrou a própria dimensão do Windows, demonstrando como a maioria das pessoas não possui a noção do gigantesco projeto que existe por detrás do sistema operativo. Todo o código base do sistema operativo, segundo o programador, possui cerca de 581 GB, com mais de 4 milhões de ficheiros diferentes.
Rietschin afirma mesmo que, durante fases de desenvolvimento, chegam a existir mais de 60.000 alterações nestes ficheiros ao longo de poucos dias. E se este volume será complicado para qualquer programador analisar, não se inclui ainda partes do sistema que possam ser consideravelmente mais antigas, ou até mesmo das primeiras bases do Windows, e que ainda se encontram a ser usadas atualmente.
Obviamente, as versões que chegam aos utilizadores não incluem o código fonte completo, e são versões consideravelmente comprimidas dos ficheiros – que permitem assim ter um tamanho de instalação do sistema consideravelmente mais reduzido, sem precisar de um disco de quase 1 TB apenas para o sistema operativo em si.
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