O spyware Pegasus é possivelmente a maior ameaça que foi recentemente descoberta, e que pode ter afetado milhares de jornalistas e personalidades de grande impacto no mercado mundial. Este spyware encontra-se associado de forma “não oficial” com o grupo conhecido como “NSO Group”.
De acordo com uma investigação que envolveu alguns dos maiores meios de informação, como o The Guardian, The Washington Poste a Amnistia Internacional, foi descoberta a atividade de spyware “Pegasus”. Este teria como objetivo instalar-se nos dispositivos de personalidades de relevo no mercado, com o objetivo de roubar informação pessoal dos equipamentos.
O grupo de possíveis vitimas inclui mais de 50.000 jornalistas, opositores de regimes autoritários, ativistas e vários políticos. Acredita-se que este spyware terá sido o que infetou o equipamento de Jeff Bezos, CEO da Amazon, e que terá levado ao roubo de informação privada do mesmo.
Conforme indicado inicialmente, as investigações conhecidas até ao momento dão conta que este spyware pode encontrar-se relacionado com o grupo “NSO Group”, uma empresa sediada em Israel que fornece serviços sobretudo a entidades governamentais.
O Pegasus, uma vez instalado nos dispositivos, passa a ter acesso ao registo de chamadas do mesmo, pode gravar as conversas do microfone a qualquer momento, seguir em tempo real os alvos, obter imagens da câmara, entre várias outras funções. Este afeta tanto dispositivos que sejam baseados no Android como no iOS, portanto nenhum dos dois estaria “livre” do mesmo.
O spyware é mesmo capaz de contornar as principais medidas de encriptação que normalmente se usam em plataformas como o WhatsApp ou Signal. Uma vez que se instala diretamente no sistema, este passa a ter acesso a todas as conversas de forma direta.
A lista predefinida de possíveis alvos para espionagem inclui mais de identificaram 1.000 pessoas de mais de 50 países, incluindo políticos, jornalistas, executivos e ativistas de direitos humanos de ONGs. No entanto, esta lista pode ser consideravelmente mais extensa.
O grande problema deste spyware encontra-se no facto que ele não é recente. Na realidade, as primeiras versões descobertas datam de 2016, e tem vindo a ser constantemente atualizado para tentar infetar sempre o máximo de dispositivos possíveis e contornar as possíveis medidas de segurança que são implementadas nos sistemas.
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