Devido à invasão da Ucrânia por parte da Rússia, várias empresas tem vindo a sentir os efeitos de tais medidas, e agora parece que a Kaspersky poderá ser o foco das mesmas. Recentemente as autoridades da Alemanha desaconselharam os utilizadores a usar os softwares de segurança da Kaspersky devido às ligações com a Rússia.
De relembrar que a Kaspersky encontra-se sediada em Moscovo desde 1997, e apesar de a mesma sempre se ter mantido distante das relações com o governo russo, os atuais problemas parecem voltar a trazer ao de cimo essa relação.
Face a isto, a BSI da Alemanha deixou hoje um novo alerta contra os produtos da empresa, aconselhando os utilizadores a não usarem os mesmos, sem em formato domestico ou empresarial, devido às relações da Kaspersky com a Rússia.
Em causa encontra-se sobretudo o facto que as soluções de antivírus, por norma, exigem um acesso bastante invasivo ao sistema para realizarem as suas tarefas. Por um lado, esse é o objetivo dos softwares de segurança, e necessitam desse acesso para realizar as suas tarefas. Mas ao mesmo tempo, esse acesso pode permitir que também sejam recolhidas informações comprometedoras.
É neste sentido que a BSI se encontra a alertar os utilizadores para as ligações entre a Kaspersky e o governo russo. Mesmo que a Kaspersky seja uma empresa séria e que certamente se pretende com a ética regular do mercado, nada impede que o governo russo possa aplicar medidas para aproveitar o posicionamento da Kaspersky no mercado mundial para outros fins.
A BSI afirma ainda que a Kaspersky pode mesmo ser forçada, pelas leis russas, a realizar ciberataques ou a aproveitar a sua inteligência do mercado para os mais variados fins, caso o governo russo assim o pretenda.
Várias entidades na Alemanha já se começaram a preparar face a este aviso, nomeadamente com as atualizações dos seus sistemas de segurança para deixarem de usar programas da Kaspersky de forma direta.
Obviamente, a longo prazo, esta medida pode ser prejudicial para a Kaspersky. Mesmo que a empresa não tenha intenções de ajudar o governo russo, sendo uma empresa sediada na Rússia pode vir a sentir o impacto destas medidas.
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