Investigadores identificam efeitos nocivos do 3D
O fenómeno agora identificado tem origem no próprio processo de emissão de imagens tridimensionais.
No cinema, os olhos humanos têm de repartir a sua função entre o ecrã, que emite luzes e imagens, e o espaço que o volume dos objectos ocupam, imaginariamente, à frente ou atrás dos ecrãs, para criar a sensação de imagens com três dimensões. Na maioria dos casos, a sensação de 3D é proporcionada por óculos que alternam as imagens mostradas a cada olho do utilizador.
A necessidade de focar, constantemente, o olhar entre um ponto real que emite luz/imagens (o ecrã) e o espaço imaginário ocupado pelos objectos estará na origem de alguns sintomas verificados entre os espectadores de Avatar.
Após a estreia do filme de James Cameron, os especialistas passaram a contar com uma amostra suficientemente grande para avançar com o estudo e eventualmente chegar a conclusões sobre os alegados malefícios do 3D.
Os investigadores acreditam que a maioria dos espectadores não registe qualquer incómodo quando vê filmes em 3D, mas lembram que ficou provado que há uma minoria não desprezável que sai das salas de cinema com dores de cabeça e a denominada "vista cansada".
Martin Banks, especialista em optometria da Universidade da Califórnia que está estudar os efeitos do 3D no sistema visual, explicou à Technology Review que as imagens estereoscópicas podem suscitar um conflito entra a capacidade de focagem e acomodação dos olhos - e daí ter dado o nome de Conflito Acomodação-Vergência ao fenómeno.
Michael Rosenberg, investigador da Escola de Medicina Feinberg, é outro dos especialistas que aproveitou a ocasião para deixar o alerta e lembrar que a estereoscopia pode ajudar a confirmar - ou mesmo amplificar - doenças que os espectadores já tinham anteriormente.
Segundo o investigador norte-americano, se uma criança sentir a vista cansada durante uma sessão de cinema 3D deverá ser encaminhada para uma consulta de oftalmologista.
O cinema, os efeitos nocivos do 3D parecem mais ou menos limitados, devido à distância entre espectadores e ecrã. Os investigadores acreditam que o lançamento de televisores 3D pode dar a conhecer novos efeitos nocivos no consumo de imagens estreoscópicas.
Fonte Exame Informática
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